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Filme M-8 sobre racismo institucional está disponível na Netflix

Longa “M-8 Quando a Morte Socorre a Vida”, do cineasta Jeferson De, conta o drama de um estudante negro e cotista em uma universidade de medicina

Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Divulgação

M-8 drama sobre racismo

26 de fevereiro de 2021

Qual o lugar de um estudante negro em uma das melhores universidades de medicina do Brasil? No filme “M-8 Quando a Morte Socorre a Vida” o cineasta Jeferson De disseca essa questão ao mostrar o cotidiano do jovem estudante, filho de uma auxiliar de enfermagem, que entrou na universidade pública pelo sistema de ações afirmativas das cotas raciais.

Na universidade, as únicas pessoas negras que o estudante conhece são funcionários em cargos subalternos ou os corpos de vítimas consideradas como indigentes e usados nas aulas de anatomia.

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O filme trata também do genocídio da população negra e a luta das mães por justiça pelos filhos vítimas da violência do Estado. O longa tem participações de Zezé Mota, Ailton Graça e Lázaro Ramos e estreiou nestta semana na Netflix.

O diretor Jeferson De conta à Alma Preta que o filme, neste momento de pandemia do Covid-19 com mais de 250 mortes no Brasil, também é um tipo de homenagem. “Com o Mauricio, um jovem cotista negro no curso de medicina, seguimos um trajeto de auto descoberta. Neste momento “M-8”se torna especial por contar – coincidentemente – com uma família negra que trabalha na linha de frente da pandemia. A todes estes profissionais nossa homenagem”, diz o cineasta.

Além do elenco com diversos atores e atrizes negros e negras, o filme também conta com uma equipe técnica formada por profissionais negros. “M-8 é uma obra realizada por muitos artistas negres, um verdadeiro quilombo cinematográfico. Corpos negros a frente e atrás da tela pra contar nossa versão sobre nosso ancestrais”, explica Jeferson De.

Leia a crítica da Alma Preta sobre o filme.

A expressão do olhar da mãe Cida (Mariana Nunes) quando o filho Maurício (Juan Paiva) diz que não quer ir ao terreiro é uma expressão reveladora acerca da carga de ancestralidade e fé presente no filme. A atriz Mariana Nunes dá magnitude para a personagem que é mãe solo e enfrentou dificuldades para conseguir dar um futuro melhor para o filho. Ela é o Brasil real que pouquíssimas vezes se vê no cinema.

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