Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Sem cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Sem cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Sem cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Sem cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Sem cookies para exibir.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

‘Eu quero ser fôlego’, diz cantor Jota.pê sobre nova fase da carreira

JOTAPE_CAPA_REAL

28 de janeiro de 2021

O artista paulistano trouxe em seu último EP, “Garoa”, uma mensagem de esperança e encerra o ciclo com estreia de documentário que conta a história de referências negras para o cantor e compositor 

 Texto: Roberta Camargo | Edição: Lenne Ferreira | Imagem: Sérgio Fernandes

PUBLICIDADE

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Jota.pê já brilhou no palco do The Voice Brasil em 2017 e segue brilhando na vida. Em entrevista exclusivo para a Agência Alma Preta, ele conta que, por vir de família repleta de artistas, sempre esteve nesse meio: “Meu avô tocava chorinho, minha avó cantava na igreja, meu tio foi maestro… Então sempre que tinha festa de família, era sempre um show”, conta o compositor, que produz sua arte para respirar e ainda quer “ser fôlego”. 

Em seu último EP musical, intitulado “Garoa”, Jota.pê fala sobre respirar fundo em momentos difíceis  e demonstra anseios e desejos para o público na composição do single que dá o nome ao seu último trabalho solo antes da nova fase ao lado da cantora Bruna Black. Toda a produção musical de Jota.pê está disponível nas plataformas digitais e no YouTube, espaço que vai hospedar o mini.doc com os personagens da faixa-título do EP que estreia amanhã (29). O projeto conta a história da escritora e performer Tula Pilar, que faleceu no ano passado, da atleta Ana Luiza Garces, da mãe de santo Jurema Para Assu, e do chefe de cozinha Val Luna, que participaram do clipe “Garoa”, lançando em 2020.

JOTA.PE CAPAImagem: DaHouse

Mesmo com a influência do ambiente e com a música no “sangue” da família, viver de música foi uma missão difícil para o artista. Jota.pê relembra que durante muito tempo trabalhou em diferentes áreas, sempre tentando não ser músico. A pressão externa, que também se tornou interna, sobre gerar renda com seu trabalho como cantor era um empecilho para alavancar sua carreira. 

“Eu decidi me jogar nessa parada e tentar viver de música e fui aprendendo como funcionava, como não funcionava”, explica. Aos 18 anos, depois de conhecer um baterista que conseguia se manter financeiramente por meio da música, Jota.pê decidiu investir na carreira e aprender com tudo o que aconteceu a partir dali. “Eu resolvi gravar um disco, mas eu por muito tempo neguei tudo isso”.

Numa conversa sobre sonhos, desafios e inspirações, o músico contou a Alma Preta quais devem ser os próximos passos de sua carreira e relembrou momentos que inteferiram na caminhada até aqui. 

Agência Alma Preta: Como foi o processo de criação desse último ep?

Jota.pê: Eu construí a música baseado num documentário que eu assisti “Human”. Fiquei assistindo, chorando e escrevendo. Quando a gente fez o clipe e tudo mais, pensamos que seria justo contar sobre essas pessoas. Relacionando trechos da música com o que eles estavam falando ali. Eu tô muito feliz por ter finalizado esse trampo, mesmo com tudo que tá acontecendo, eu fui muito feliz profissionalmente.

Como você sente o fôlego que desejava transmitir pela música chegando ao público?
Ainda que eu esteja falando de coisas sérias, achei que o afoxé tinha tudo a ver. Fiz tudo pensadinho para passar essa mensagem do jeito que eu achei que funcionaria. É massa, porque eu lembro que terminei o clipe e fui mostrar pra galera do estúdio e os três choraram. Eu acho que o clipe tem muito mais sentido quando a gente abre com as pessoas falando um pouco delas. Muita gente entendeu a mensagem, quis saber mais sobre a história das pessoas. Achei lindo que ninguém cobrou que eu aparecesse mais, só minha mãe! 

JOTAPE PRO INSTAImagem: Sérgio Fernandes

Como foi gerida a deia de produzir o EP junto com um mini.doc?

Eu comecei a pensar que eu precisava fazer alguma outra coisa que me desse dinheiro, conversei com o Lucas (produtor) e comecei a trabalhar na Dahouse (espaço para gravação de áudios de publicidade, que realizou a gravação do EP) e a empresa abraçou meu trampo. Começou a rolar mais shows, mais dinheiro, surgiu o documentário falando sobre as pessoas. Tudo foi se somando ao meu trampo. Com a ajuda dessa galera, as coisas foram se tornando possíveis. 

Como foi regravar a canção “Zero” da Liniker?
Nas lives, a galera sempre pedia para cantar Liniker e eu ficava em pânico. Eu fiquei morrendo de medo, porque, pra mim, a Liniker é uma das maiores artistas da cena atual. Postei nos stories eu treinando, ela viu e me respondeu. Ela me mandou uma mensagem dizendo que tava lindo. Foi muito especial para mim, ainda mais por ter sido essa música.

Como foi o período de pandemia para a sua carreira?
O último show que eu fiz antes de fechar tudo foi no Aparelha Luzia, aquele show foi muito especial. A primeira vez em SP, cantando pra tanta gente, pra tanta gente preta, todo mundo cantando junto…

Quem te inspira?
No dia-a-dia, no corre, eu tenho a sorte de ter muita gente que também é artista independente que eu posso chamar no WhatsApp e trocar uma ideia, sabe? E entre as pessoas que mais me inspiram está a Nina oliveira, Anna Tréa, Kabé Pinheiro e Marcelo Mariano… A Yasmin Olí que é minha namorada, os caras do 5 a seco.

O que esperar dessa nova fase? Desde o lançamento do EP até o atual projeto  ÀVUÀ, em parceria com Bruna Black?
Eu estou muito feliz de finalizar o EP, colocar o doc no mundo, de ver as pessoas ouvindo e sentindo esse fôlego que eu quero passar. Então, eu tô tranquilo de poder seguir. A Bruna é amiga de milianos, então eu tô fazendo esses lançamentos para focar no início dessa carreira com o duo. A gente teve referências próximas na música, tô muito feliz e muito ansioso. Eu falo até que cantar com ela é muito massa e não dá nem vontade de cantar sozinho.

 

 

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano