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Livro resgata trajetória do Movimento Negro Unificado em artigos, depoimentos e fotos

26 de novembro de 2020

Publicação narra histórico de luta pelos direitos da população negra brasileira desde junho de 1978; lançamento ocorre em transmissão ao vivo no YouTube com participação dos autores

Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagens: Jesus Carlos e Rosa Gauditano (7/07/1978)

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A história de resistência e embate contra o racismo ainda está sendo escrita e se fortalece a cada dia. Em mais de 210 páginas ilustradas, o livro “Movimento Negro Unificado: a resistência nas ruas” conta como foi a criação e participação do MNU na construção de políticas de combate aos efeitos do racismo no Brasil.

A publicação é organizada por Ennio Brauns, Gevanilda Santos e José Adão de Oliveira e co-editada pela Fundação Perseu Abramo e pela Edições Sesc. A obra será lançada em transmissão ao vivo no YouTube nesta sexta-feira (27), a partir das 16h, com os autores e convidados para debater sobre a importância da luta organizada no cenário atual do país.

O MNU foi criado em junho de 1978, ainda na Ditadura Militar, período de forte repressão política. No mês seguinte, houve o primeiro ato público nas escadarias do Teatro Municipal, na praça Ramos de Azevedo, centro de São Paulo.

Em 20 de novembro de 1979, o movimento articulou a primeira marcha em homenagem à figura de Zumbi dos Palmares. A passeata começou nas escadarias do Teatro Municipal e seguiu até a Catedral da Praça da Sé, ponto histórico onde aconteceram grandes manifestações pela democracia, entre elas os comícios da Diretas Já, nos anos 80.

As imagens do livro, de autoria de nove fotógrafos, apresentam a linha do tempo de atuação do MNU e como a organização cresceu baseada em uma disposição de luta e união, independentemente das circunstâncias políticas. O engajamento e a solidariedade são marcas da militância que surgem nos depoimentos, artigos, ensaios e textos da publicação.

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Fotografia presente no livro “Movimento Negro Unificado: a resistência nas ruas” .

A obra também fala sobre questões objetivas da vida dos afrodescendentes desde o período colonial e como racismo estruturalizado e institucionalizado impacta no desenvolvimento do país. O livro traz textos de Claudete Gomes Soares, Esmeralda Ribeiro, Fábio Nogueira de Oliveira, Flavio Carrança, Flávio Jorge Rodrigues da Silva, Ieda Leal, Luiz Fernando Costa de Andrade, Janaina Rocha, Joana Ferreira da Silva, Lélia Gonzalez, Lenny Blue de Oliveira, Márcio Barbosa, Maria Inês da Silva, Milton Barbosa, Mirella Domenich, Neusa Maria Pereira, Patricia Casseano, Paulo Rafael da Silva, Paulo Ramos e Rafael Pinto.

O fotógrafo Ennio Brauns, um dos organizadores da publicação, acompanha os atos do MNU desde a década de 1970. A pesquisadora Gevanilda Santos, faz parte da Soweto Organização Negra e da Conen (Coordenação Nacional de Entidades Negras), e José Adão de Oliveira, do Fórum Municipal de Educação, além de ser membro do movimento desde sua fundação, em 1978.

As fotografias que mostram os 40 anos de atuação do MNU são registros feitos por Jesus Carlos, Rosa Gauditano, Ari Cândido Fernandes, Luiz Paulo Lima, Joca Duarte, Juvenal Pereira, Wagner Celestino, Samuel Tosta e Ennio Brauns.

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