No dia que marca o dois anos do assassinato de Marielle Franco, o pai da ex-vereadora escreveu para o Alma Preta uma carta para a filha e os movimentos sociais, em especial o negro
Texto / Antonio Francisco I Imagem / Anistia Internacional
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Há dois anos convivemos com essa falta em nossas vidas. Há dois anos nossa filha Marielle Franco foi assassinada covardemente por pessoas inescrupulosas. Há dois anos nós familiares de Marielle Franco e a sociedade brasileira, na sua maioria, esperamos por respostas às perguntas que ainda não nos responderam:
quem mandou matar Marielle Franco e porquê?
É inadmissível, em um país que se diz democrático, ocorrer um assassinato contra uma defensora dos direitos humanos e se passarem dois anos do seu assassinato sem que o crime tenha sido solucionado.
Continuamos engajados nessa luta juntamente com todas e todos que se juntam a nós nessa busca incessante de um Brasil melhor para que não tenhamos outros assassinatos. Falo de um sonho distante em nosso país principalmente por conta do momento muito difícil que pssamos. Mas não podemos desanimar.
Aproveito para agradecer a todos movimentos sociais, as suas lideranças com as quais tivemos oportunidades de conviver aprendendo muito nos eventos que participamos. Eu, a mãe e a irmã de Marielle Franco respeitamos a todos e todas, pois são lideranças que já estão nessa estrada tortuosa e de muitos obstáculos e riscos.
Me permitam mencionar e agradecer a Coalizão Negra por Direitos, a qual o Instituto Marielle Franco faz parte, juntamente com mais de 100 instituições em todo Brasil.
Miramos sempre adiante em busca de um eldorado para todos. Gratidão sempre.