A estilista Anifa Mvuemba assinou a coleção de um desfile virtual e marcado pelas convicções políticas
Texto / Flávia Ribeiro | Edição / Simone Freire | Imagem / IG@hanifaofficial
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A República Democrática do Congo esteve no centro do mundo da moda com um desfile inovador em vários sentidos. A coleção Pink Label Congo foi apresentada em um desfile virtual e em 3D, pela grife Hanifa. A computação gráfica garantiu que as roupas flutuassem pela passarela trazendo a história e a cultura do país africano. “Crivada de uma história dolorosa, a beleza do Congo é muitas vezes inexplorada e negligenciada”, diz Hanifa Mvuemba, estilista e responsável pela grife.
Criada em 2012, a Hanifa já era conhecida por inovar. Disponibilizava peças em tamanhos que abrangem o plus size, antes de grandes marcas. Agora, em tempos de pandemia, a grife trouxe o primeiro desfile virtual do mundo da moda. A coleção foi apresentada em um vídeo de pouco mais de 14 minutos, que também inovou por ser postado diretamente nas redes sociais e já disponíveis no site da empresa.
O desfile mostrou ainda que a moda pode ser política. No vídeo, a estilista fala do seu país, de belezas e também dos conflitos pela extração (ilegal) de minério no Congo. “A gentileza, beleza, história, equilíbrio, majestade, força, poder e esperança do espírito congolês inspiraram esta coleção. Ao criar cada peça, lembrei-me das histórias que minha mãe me contou sobre as mulheres que conhecia no Congo”, afirma Mvuemba.