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Mancha Verde é campeã do carnaval paulistano com homenagem à Aqualtune e ao quilombo de Palmares

5 de março de 2019

Primeiro título da escola vem com enredo que conta a história de Aqualtune, sequestrada do Congo como princesa e quilombola em Palmares

Texto / Pedro Borges e Lívia Martins
Imagem / O carnavalesco

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A Mancha Verde conquistou o primeiro título do carnaval de São Paulo com o enredo “Oxalá, salve a princesa! A saga de uma guerreira negra”. A agremiação, com forte ligação ao clube de futebol Palmeiras, destacou na avenida a luta dos negros, mulheres, e também fez denuncia à intolerância religiosa.

Escrito por Sereno, Chefia, Darlan Alves, André Ricardo, Rodrigo e Rodolfo Minueto e Gui Cruz, a letra conta a história de Aqualtune, princesa no Congo, sequestrada para o Brasil como escrava, referência na luta no Quilombo dos Palmares e avó de Zumbi.

Quem foi Aqualtune?

Aqualtune liderou, em 1665, uma força de dez mil soldados na Batalha de Mbwila, cidade localizada na atual Angola, entre o Reino do Congo e Portugal. Ela foi capturada com a derrota congolesa e levada como os demais africanos para o Brasil, para aqui exercer o trabalho escravo.

A ex-princesa veio primeiro para Recife-PE, onde foi vendida como escrava reprodutora. Depois de grávida, é vendida para o engenho de Porto Calvo, onde organiza uma fuga para Palmares.

Ela é descrita como a mãe de Ganga Zumba e Gana, chefes dos principais mocambos de Palmares. Posteriormente teria dado luz a Sabina, que seria a mãe de Zumbi, o grande líder do quilombo.

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