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Editora lança dois volumes da série de livros infantis ‘Contos de Moçambique’

7 de março de 2018

A série, originalmente publicada em Moçambique, apresenta histórias orais recriadas com narrativas que desenvolvem múltiplos universos e memórias das culturas africanas

Texto / Divulgação
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Os livros da série ‘Contos de Moçambique’, “Na aldeia dos crocodilos”, de Adelino Timóteo, e “O caçador de ossos”, de Carlos dos Santos, chegam às livrarias do Brasil pela editora Kapulana em março. Os livros correspondem aos volumes sete e oito de uma série de dez, que começaram a ser publicados em 2016.

A série ‘Contos de Moçambique’ surgiu da colaboração entre a Escola Portuguesa de Moçambique e a Fundació Contes pel Món, de Barcelona, Espanha. A Editora Kapulana fez uma parceria com a Escola Portuguesa de Moçambique para publicar no Brasil a coleção, com o objetivo de apresentar ao leitor brasileiro um pouco da cultura moçambicana.

Originalmente publicados em Moçambique, os livros revelam as riquezas das expressões populares do país, por meio de contos que inspiram o imaginário infantil e ampliam o conhecimento das culturas africanas. A série apresenta histórias tradicionais recriadas com narrativas que revelam os múltiplos universos.

Além dos textos, as páginas acompanham ilustrações de artistas moçambicanos e suas diversas manifestações, como as pinturas a óleo, de Silva Dunduro, em “Na aldeia dos crocodilos”, e as esculturas maconde, de Emanuel Lipanga, na composição de “O caçador de ossos”.

As obras

Em “Na aldeia dos crocodilos”, de Adelino Timóteo, Mandoguinhas e seu avô Boaventura vivem na localidade que dá título ao livro: uma terra fértil, onde tudo que é semeado cresce. O avô conta ao neto que os crocodilos que ficam na beira das águas não são animais, mas ubuntus (gente). O menino acha que o avô está alucinado devido à velhice, mas quando Boaventura desaparece no rio, Mandoguinhas tem que desvendar o mistério dos crocodilos. O conto foi inspirado no Vale do rio Zambeze, uma região em Moçambique onde ocorrem diversas manifestações tradicionais, sendo uma delas a da encarnação humana nos crocodilos. A obra é ilustrada com pinturas a óleo de Dunduro.

Já no volume 8, “O caçador de ossos”, de Carlos dos Santos, a história narrada é a de Sinaportar, reconhecido como um grande caçador de sua aldeia. Sua fama era de egoísta e solitário, pois negava-se a caçar em grupo, sendo acompanhado apenas dos cachorros que havia herdado do pai, antigo e lendário caçador. Mas Sinaportar guardava um segredo da aldeia: ele não era caçador e dependia totalmente dos cães para capturar as presas. Certo dia, inesperadamente, os cães passam a se negar a caçar. Diante disto, Sinaportar deverá resolver a situação antes que o seu segredo seja revelado. Carlos retrata a trajetória do crescimento humano com temas que abrem discussões sobre as consequências das mentiras e o individualismo.

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