O Movimento Negro Unificado do Rio Grande do Sul (MNU/RS) elegeu, por unanimidade, o deputado estadual Matheus Gomes (PSOL-RS), de 32 anos, para compor a chapa majoritária dos partidos de esquerda como candidato a prefeito de Porto Alegre nas eleições de 2024.
Membro da Bancada Negra, a primeira da história da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL-RS), Matheus tem 32 anos e está em seu primeiro mandato como deputado estadual. No pleito de 2020, ele conquistou 82.401 mil votos, 52 mil somente em Porto Alegre, o que deu a ele o título de parlamentar mais votado da capital gaúcha, onde também se elegeu como vereador, em 2020.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
“Para o MNU é incontestável que os partidos de esquerda entendam o momento antirracista no Brasil e Matheus Gomes é a novidade que Porto Alegre precisa. Matheus Gomes é a renovação, a atenção com os mais necessitados. É a possibilidade de Porto Alegre voltar a ser a cidade da democracia, da diversidade e da inclusão”, diz o Movimento Negro Unificado, em comunicado.
O candidato indicado pelo MNU tem na bagagem trajetória nos movimentos negros e estudantil. Matheus foi aluno da primeira turma de cotistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e é mestre em História pela mesma instituição.
Nova coordenação do MNU no Rio Grande do Sul
Durante a assembleia que elegeu Matheus Gomes como o candidato indicado pelo MNU, também foi definida a nova coordenação do movimento no Rio Grande do Siul. A chapa será composta por coordenadora Sandralí de Campos Bueno (Pelotas), secretária Vera Lúcia Goulart da Rosa (Porto Alegre), coordenadora de Finanças Angela Maria Souza de Lima, (Santa Maria), coordenador de formação Márcio Luís R. de Oliveira (Porto Alegre) e coordenadora de comunicação Catiana Leite Nunes (Alvorada).
Temas como a crise econômica, sanitária e política, que atingem de maneira mais forte a população negra, também foram debatidos durante a assembleia, além da luta pela descriminalização das drogas, do aborto e a revisão da reforma da previdência, trabalhista e da flexibilização da terceirização.
Houve também o reforço da necessidade da implementação da Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira na grade curricular das escolas e o reforços na luta por candidaturas negras nos espaços de poder.