O influenciador digital Jackson Cunha, mais conhecido como Vitty, denunciou nas redes sociais que foi alvo de racismo durante o Festival Liberatum, que aconteceu em Salvador, na Bahia, entre os dias 3 e 6 de novembro. Em nota, a organização do evento informou que notificou e demitiu o funcionário acusado.
O colaborador do evento, que não teve o nome divulgado, é um homem branco e estrangeiro, que, segundo Vitty, constrangeu seus amigos e outros artistas negros em pelo menos duas situações. A primeira, enquanto os convidados tiravam fotos no local que era reservado para isso e tentou impedir fãs e artistas de estarem ali e depois durante o “Jantar Preto”, que homenageou a cantora Alcione pelos 50 anos de carreira.
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Vitty contou que antes do jantar saiu com os amigos da mesa e eles deixaram as bolsas e pertences nas cadeiras e quando voltaram o funcionário havia mexido e reorganizado o lugar na intenção de acomodar outros convidados.
“Não aconteceu nem uma, nem duas vezes. Aconteceram várias vezes e não só comigo, mas com outras pessoas também”, disse o influenciador.
Ainda durante o evento, a vítima reclamou da atitude do homem, que foi expulso pela organização, no entanto, foi visto no show de encerramento no dia seguinte à denúncia.
Em comunicado divulgado nas redes sociais do Festival Liberatum e assinado pelo idealizador, Pablo Ganguli, a organização presta solidariedade ao influenciador baiano e destaca a demissão do funcionário após a equipe do evento tomar conhecimento do caso.
“A Liberatum expressa publicamente repúdio às situações de racismo que aconteceram nos últimos dias. Eu. Pablo. Fundador da Liberatum. Pessoa não- branca, indiana. Queer. Não só tive meu cargo questionado por pessoas brancas do público, como fui fisicamente empurrado por uma delas durante o festival. A Liberatum se responsabiliza e se solidariza com toda e qualquer pessoa que tenha experienciado discriminação, em especial @euvitty que publicamente sinalizou o caso criado por um dos nossos funcionários que foi imediatamente expulso do local. Após investigação interna o mesmo foi devidamente notificado e demitido. Nos não compactuamos com nenhuma forma de discriminação ou intolerância a ninguém. É contra tudo que lutamos”.