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Negros representam quase 70% da população de rua no Brasil, aponta pesquisa

A pesquisa levou em consideração as pessoas cadastradas no CadÚnico
Imagem mostra dois moradores de rua ao lado de uma barraca de camping

Foto: Flávio Tavares

5 de dezembro de 2023

Dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas, em colaboração com a População em Situação de Rua (POLOS-UFMG), revelam que 69% das pessoas em situação de rua no Brasil são negras. A pesquisa levou em consideração apenas pessoas cadastradas no CadÚnico.

Segundo a plataforma desenvolvida pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, 242.756 pessoas vivem atualmente em situação de rua, sendo 165.774 negras (soma de pessoas pretas e pardas). Essa proporção representa mais que o dobro da soma de pessoas brancas, indígenas e amarelas. 

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Em setembro deste ano, um estudo do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) apontou que, dentro deste recorte, homens e jovens negros correspondem às principais vítimas de  violações de direitos humanos.

A pesquisa mostrou que pessoas pardas (55%) e pretas (14%) totalizam 69% das vítimas, sendo a faixa etária mais afetada entre 20 a 29 anos (26%) e 30 a 39 anos (25%). No que diz respeito ao tipo de violência, 88% das notificações em 2022 envolviam violência física, seguida pela violência psicológica, que representou 14% dos casos.

Entre as conclusões, o documento afirma que é “primordial” fortalecer a atuação de serviços, programas e projetos de assistência social básica, de modo a “prevenir situações de vulnerabilidade e risco social e fortalecer vínculos familiares e comunitários”.
Outros pontos de destaque se referem ao fortalecimento do acesso a emprego e renda, direitos básicos como documentação e educação, além do fortalecimento de serviços de atenção à saúde desta população.

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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