A Fundação Oswaldo de Cruz (Fiocruz) e o Movimento Negro Unificado (MNU) lançaram nesta quarta-feira (13) a cartilha “Saúde na favela numa Perspectiva antirracista”. A publicação foi apresentada durante seminário realizado no auditório do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz), no campus Manguinhos da Fundação.
Disponível online e fisicamente, o livreto aborda as seguintes temáticas: garantia de direitos e participação social através de propostas construídas pela periferia; diferenças, favelas, conjuntos habitacionais e loteamentos clandestinos: diferenças, semelhanças e contribuições a cidade; a atuação dos promotores e da população em busca de direitos da saúde; racismo e violência armada; crimes raciais; história, racismo e intolerância e violência obstétrica.
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O lançamento foi realizado durante o seminário “Saúde na favela pela perspectiva antirracista”, organizado pela Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz (CCSP). O evento marcou o lançamento do material e o início de uma campanha de promoção de saúde nas favelas e periferias do Rio de Janeiro, parceria entre a Fiocruz e o MNU.
A iniciativa prevê a distribuição das cartilhas por quatro favelas do Rio, onde a Fiocruz desenvolve o projeto: Vila Cruzeiro, Jacarezinho, Vila Kennedy e Mangueirinha. O intuito é aumentar, conforme o interesse, a distribuição em outras comunidades.
Ao longo de 2023, o projeto promoveu dez ciclos formativos realizados com as contribuições de uma equipe multidisciplinar, que trabalhou o tema do antirracismo a partir da base conceitual da promoção da saúde e da participação nas diversas instâncias do Sistema único de Saúde (SUS).
Projeto Saúde na Favela
O projeto Saúde na favela pela perspectiva antirracista objetiva a formação em Promoção da Saúde com acolhimento, escuta ativa e enfoque antirracista voltada para moradores de quatro favelas do Rio de Janeiro que tenham passado por violações de direitos humanos.
A iniciativa também se propõe a analisar as demandas locais frente a disponibilidade de serviços psicossociais para moradores dessas favelas na perspectiva antirracista do compartilhamento de saberes ancestrais, sobretudo reconhecendo e valorizando tais saberes que estão presentes nos quatro lugares de atuação do projeto.