De acordo com um mapeamento feito pelo Instituto de Cooperação Pública e Social, cerca de 58% dos conselheiros tutelares eleitos em outubro, declaram-se conservadores e estão ligados a igrejas neopentecostais. A posse acontece dia 10 de janeiro.
O levantamento assinado pelo sociólogo Paulo César de Oliveira mostra que entre os 260 eleitos, 180 deles são novos na função de conselheiros tutelares. Em São Paulo, 58% têm alinhamento com o campo conservador e 35% defendem a pauta progressista e a aplicação efetiva do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
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Em entrevista publicada pela Agência Brasil de Fato, o advogado e membro do Instituto dos Direitos da Criança e do Adolescente (Indica), Ariel de Castro Alves, reforçou que vínculos com instituições religiosas podem gerar violações aos direitos das crianças e adolescentes quando se tratar da apuração de uma denúncia contra alguma liderança religiosa.
Em 2023, cerca de 1,6 milhão de pessoas foram às urnas para escolher os conselheiros tutelares dos mais de cinco mil municípios brasileiros, de acordo com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
O ECA existe há mais de três décadas e os profissionais terão mandatos de quatro anos para atender crianças e adolescentes que tenham seus direitos violados. Em São Paulo, os conselheiros eleitos se dividirão em 52 unidades, em cada uma haverá cinco profissionais.