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Barrada em aeroporto, rainha de bateria passou por tomografia para provar que não portava drogas

A sambista perdeu o voo e consequentemente o show que faria em Benin, na África
Imagem mostra a rainha de bateria Cíntia Barboza no Aeroporto de Guarulhos.

Foto: Reprodução/Rede sociais

11 de janeiro de 2024

A rainha de bateria da escola de samba Acadêmicos de Realengo, Cíntia Francisco Barboza, denunciou uma abordagem da Polícia Federal (PF) no Aeroporto de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. A passista contou que foi barrada a caminho de Benin, na África, por suspeita de tráfico de drogas. 

Revistada pela PF e levada ao Hospital Geral de Guarulhos para realizar uma tomografia para verificação do sistema digestivo, a passista foi liberada após 24 horas. Cintia perdeu o voo para a apresentação que pagaria sua fantasia no Carnaval 2024

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Segundo a rainha, além de duas revistas na bagagem, precisou passar por uma revista pessoal que envolveu retirar sua lace. 

A escola de samba publicou uma nota de repúdio e afirmou que a rainha foi vítima de racismo por parte dos agentes da Polícia Federal.

“A Acadêmicos de Realengo vem por meio desta repudiar a ação e o racismo sofrido por nossa rainha de bateria no Aeroporto de Guarulhos por parte da Polícia Federal. Nossa escola não tolera e jamais apoiará qualquer tipo de preconceito, racismo, homofobia e qualquer intolerância contra o ser humano”, diz a nota.
Por sua vez, a PF informou que Barboza passou por um procedimento de rotina e que, ao todo, seis passageiros do voo com destino à Etiópia foram encaminhadas ao hospital, onde três foram presas em flagrante por transportar entorpecentes no estômago. Segundo a PF, haverá apuração de possíveis abusos na abordagem.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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