PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

PM agiu com ‘extrema violência’ em ato contra reajuste da tarifa do Metrô de SP, diz jovem

“Tá feliz agora?”, disse policial enquanto um jovem estava imobilizado; sete manifestantes foram presos
Manifestante sendo levado pela polícia durante manifestação na Praça da República, em São Paulo.

Foto: Lucas Porto/Jornalistas Livres

19 de janeiro de 2024

Em São Paulo (SP), um protesto contra o reajuste na tarifa do Metrô e da CPTM foi alvo de repressão policial na quinta-feira (18). Vídeo publicado nas redes sociais do movimento Jornalistas Livres mostra um jovem ser imobilizado por quatro policiais militares.

Nas imagens, também é possível ver um policial indo em direção ao rapaz, já imobilizado e algemado, e perguntando “Tá feliz agora?”. 

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

De acordo com Geovanna Silva, integrante do Movimento Passe Livre, que organizou o ato, o rapaz foi autuado por portar uma tesoura e um estilete, e liberado após pagamento de fiança.

A jovem conta que antes mesmo de o protesto começar, a polícia já havia detido os manifestantes. “Na concentração as pessoas já estavam sendo abordadas e enquadradas. No entorno e na saída da estação República as pessoas foram abordadas de forma extremamente violenta”, comenta Geovanna, em entrevista à Alma Preta Jornalismo.

Na região central da capital paulista, os manifestantes protestavam contra o reajuste da tarifa de R$ 4,40 para R$ 5. O novo valor é aplicado desde o início do ano.

Outros manifestantes também foram detidos. Cerca de sete jovens foram levados pela PM durante os protestos. Dos detidos, dois foram soltos e cinco só serão liberados se houver pagamento de fiança.

A manifestante conta que houve uma primeira manifestação, no dia 10 de janeiro, onde mais pessoas foram presas. “Na primeira manifestação a gente teve um total de 25 detidos, sob a acusação de ato violento do estado democrático de direito”.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano