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Bala que matou líder Pataxó partiu de arma de filho de fazendeiro, diz Polícia Civil

Um policial aposentado também foi preso em flagrante durante o ataque
Ministra Sônia Guajajara acompanha o sepultamento da Pajé Maria de Fátima Muniz, no Sul da Bahia

Foto: Leo Otero / AFP

25 de janeiro de 2024

A perícia feita pela Polícia Civil atestou que a bala que matou a liderança indígena Nega Pataxó, no sul da Bahia, no último domingo (20), partiu de um revólver encontrado com o filho de um dos fazendeiros envolvidos no ataque. 

O homem foi preso em flagrante no conflito, junto com mais um suspeito. Segundo a imprensa local, o outro preso por abrir fogo contra os Pataxós é um policial aposentado, de 60 anos. 

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O diretor regional da Polícia Civil, o delegado Roberto Júnior, informou em entrevista à Agência Brasil que o laudo de microcomparação balística deu positivo e que a polícia já tem indícios suficientes da autoria do crime. 

“Esse laudo pericial foi recebido ontem [terça-feira] e acostado ao inquérito policial, comprovando que o projétil extraído do corpo da vítima foi disparado da arma do jovem apresentado pela Polícia Militar e autuado em flagrante pela Polícia Civil”, comentou o delegado.

O caso será encaminhado para a Polícia Federal, responsável por fiscalizar e punir crimes cometidos em comunidades indígenas.

Os dois presos participaram da ação de fazendeiros nomeada “Invasão Zero”, que invadiu violentamente o território indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, sem respaldo judicial. A invasão levou a um óbito e duas vítimas baleadas, entre outros feridos.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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