Indígenas das etnias Tapajós, Xavante, Panará, Mundukuru e Kayapós, juntamente com agricultores familiares e ribeirinhos, protestaram nesta segunda-feira (4) contra a construção da Ferrogrão, em Santarém (PA).
O projeto da Ferrovia foi incluído no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e preocupa os moradores da região, pois prevê passagens por áreas de preservação permanente e terras indígenas, onde vivem mais de 2 mil pessoas.
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Em publicação nas redes sociais, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) denunciou que os moradores não foram consultados previamente. Além disso, o projeto apresentaria riscos ambientais para as áreas onde está prevista a construção.
“Os parentes denunciaram a ausência de Consulta Prévia Livre e Informada, a fragilidade dos estudos de impacto e os riscos socioambientais da ferrovia.”, diz trecho de publicação da COIAB no X (antigo Twitter).
A Ferrogrão é um projeto de ferrovia alternativa à Rodovia BR-163, e pretende ser uma via voltada à exportação de grãos. O projeto ligará a cidade de Sinop (MT) ao porto de Mirituba, no Pará, e contará com 933 quilômetros de extensão. Com o prazo de concessão de 69 anos, a construção da ferrovia custará cerca de R$ 24 bilhões.