Durante visita à Ilha do Marajó, no Pará, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, fez um alerta sobre a divulgação e compartilhamento de informações falsas relacionadas à exploração sexual e ao tráfico de crianças na região.
“Precisamos que o povo marajoara se levante para falar contra as mentiras, indignidades que são levantadas contra o povo brasileiro”, disse o ministro, durante evento de lançamento de políticas públicas para a agricultura familiar e a construção de cisternas na ilha.
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No mês de fevereiro, influencers e artistas divulgaram imagens e informações que citavam um suposto aumento da violência e da exploração infantil na Ilha do Marajó. Esse material, no entanto, é falso. Entre os vídeos compartilhados havia, inclusive, conteúdos gravados em outros países e divulgados como se fossem no Brasil.
Almeida visitou o local acompanhado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Na cerimônia, os representantes do governo federal anunciaram o edital “Sanear”, que visa levar água potável para as comunidades tradicionais do Marajó e o “Bolsa Verde”. A chamada pública irá contar com R$ 150 milhões do Fundo Amazônia.
Retomado no ano passado após seis anos de paralisação, o “Bolsa Verde” realiza pagamentos trimestrais de R$ 600 para famílias que vivem em áreas de Unidades de Conservação e Reservas Extrativistas, entre outras, e atuam para preservá-las. Atualmente, cerca de 28,5 mil famílias são beneficiadas.
“A nossa intenção aqui é demonstrar o nosso respeito, o nosso carinho e compromisso com as pessoas do Marajó. Aqui não tem espaço para mentira. Reconhecemos que existem problemas sérios, mas que precisam ser tratados com seriedade e respeito, demonstrando que essas pessoas têm direito a uma vida digna”, afirmou o ministro.
A iniciativa conjunta entre os ministérios dos Direitos Humanos e Cidadania, Meio Ambiente e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, é uma parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
De acordo com informações do MDHC, a previsão é que na próxima semana seja anunciada a “Escola de Conselhos”, projeto idealizado para formar os diversos conselheiros tutelares do Marajó. Além disso, dois centros de escuta protegida também serão entregas à comunidade.