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Quatro policiais da PRF viram réus por morte da estudante Anne Caroline

Apesar da determinação de afastamento das funções policiais, os quatro agentes envolvidos ainda podem ser realocados para cargos administrativos
A imagem mostra uma estátua da Justiça segurando uma espada e uma balança.

Foto: Reprodução / Pexels

5 de abril de 2024

A Justiça Federal acatou parcialmente o pedido do Ministério Público Federal (MPF), que solicita a condenação de quatro policiais rodoviários federais acusados de envolvimento na morte da estudante Anna Caroline Nascimento, no ano passado.

O caso ocorreu em 2023, quando Anne retornava de um restaurante junto ao marido. A jovem de 23 anos foi vítima de um dos oito tiros de fuzil disparados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em direção a seu carro. Os tiros também acertaram outro carro que estava no local, ferindo gravemente Claudia dos Santos.

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Com o recebimento da denúncia, os quatro agentes se tornam réus no processo, podendo pegar pena de até 30 anos de prisão por homicídio qualificado, fraude processual e lesão corporal grave por negligência.

Thiago Sá, Jansen Ferreira, Diogo Silva dos Santos e Wagner Leandro Rocha de Souza irão responder por violação do dever funcional, por violarem o dever funcional de isolar o local do crime e preservar os vestígios do carro e do local do crime.

De acordo com a denúncia do MPF, os policiais assumiram o volante ao perceber que havia uma pessoa ferida no local, e se dirigiram ao hospital. O MPF implica que os policiais deveriam ter pedido reforços para socorrer a vítima, e assim preservar o local do crime.

A Justiça Federal determinou que os policiais envolvidos não poderão se aproximar da viatura até que a perícia seja feita. Os agentes devem evitar fazer contato com testemunhas e familiares das vítimas

Também foi determinado o afastamento de suas funções policiais, incluindo a retirada de suas armas. Porém, os agentes ainda podem ser realocados para o cumprimento de funções administrativas na corporação.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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