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Programa promove integração entre cultura indígena e legislação brasileira

Iniciativa visa incorporar traduções jurídicas aos contextos culturais e históricos das comunidades
A imagem mostra três indígenas da etnia Karajá Xambioá.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

24 de abril de 2024

Ao lado dos Ministérios dos Povos Indígenas e da Justiça e Segurança Pública, a Advocacia-Geral da União (AGU) lançou o Programa Língua Indígena Viva no Direito. A iniciativa visa promover um entendimento mútuo entre os povos indígenas e os responsáveis pela formulação e aplicação das leis brasileiras.

O projeto inclui a tradução das leis e dos termos jurídicos para as línguas indígenas, além da capacitação de legisladores e profissionais do Direito sobre a diversidade cultural e social desses povos. 

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Os membros das comunidades também serão capacitados para obterem maior acesso às legislações nacionais e internacionais, assim como às políticas públicas.

O objetivo do programa é que as traduções incorporem os contextos culturais e históricos das comunidades, reconhecendo que elas têm suas próprias tradições jurídicas e formas de resolver conflitos. Assim, as traduções visam entender como esses sistemas legais indígenas podem se conectar e complementar as leis do Brasil.

Conforme informações da AGU, o texto da Constituição Federal será o primeiro a ser traduzido nas línguas Guarani-Kaiowá, Tikuna e Kaingang, por serem os idiomas indígenas mais falados no país.

O processo de tradução vai incluir consultas com líderes comunitários e outros membros da comunidade indígena para garantir que a tradução seja feita de uma maneira que respeite e preserve a integridade cultural das línguas indígenas.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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