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Campanha faz alerta sobre racismo estrutural presente na inteligência artificial

A campanha busca ainda conscientizar a nova geração de produtores audiovisuais para não perpetuar o racismo e desigualdades
A imagem mostra um homem negro de capuz e foi gerada a partir de informações colhidas por uma ferramenta de inteligência artificial.

Foto: Divulgação

23 de maio de 2024

Por meio de um projeto audiovisual, a Central Única das Favelas (Cufa) em parceria com a Frente Nacional Antirracista (FNA) lançaram na terça-feira (21) uma campanha que alerta sobre o racismo estrutural presente em ferramentas criativas alimentadas por inteligência artificial.

O filme “The Prompt Bias” (O viés do Prompt) foi feito pela produtora Primo Content de forma colaborativa com a Favela Filmes, braço audiovisual da Cufa. Nele, um escritor negro pede à ferramenta uma imagem realista do rosto de um assaltante em um bairro com alto índice de criminalidade. Mesmo sem fornecer qualquer descrição física, o resultado sugerido inclui somente fotos de homens negros.

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A campanha é uma denúncia sobre o racismo estrutural nos bastidores do processo criativo das produções audiovisuais na indústria mundial de comunicação. A iniciativa busca ser o início de um movimento de conscientização e sensibilização sobre os padrões racistas das tecnologias

Explorada ficcionalmente, a produção ilustra como ferramentas de inteligência artificial, caso não sejam cuidadosamente desenvolvidas, monitoradas e ajustadas com um viés antirracista, podem perpetuar desigualdades históricas e sociais.

Para além do audiovisual, a campanha prevê a imersão de jovens alunos que fazem parte da Favela FIlmes. A ideia é debater como as novas gerações de cineastas, filmmakers, publicitários e profissionais do audiovisual lidam com esses desafios. Os encontros vão gerar um relatório que será encaminhado para empresas de programação, a fim de que os códigos e algoritmos racistas sejam revistos e adotem novas perspectivas.

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  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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