A Polícia Civil do Estado de São Paulo afirmou enfrentar subnotificação no registro de gênero, racismo, intolerância religiosa e outros delitos de discriminação. A Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais, Contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi) tem como uma de suas principais atribuições incentivar as denúncias e oferecer um atendimento especializado às vítimas, além de otimizar as investigações por meio de um serviço de inteligência específico.
Entre 2010 e 2023, a Decradi, vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), registrou mais de 2,6 mil atendimentos. No entanto, o receio de exposição ou a desconfiança na condução do caso ainda são fatores que afastam as vítimas.
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A delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP, destaca os esforços da equipe para tornar a especializada mais conhecida e confiável. “As vítimas podem registrar ocorrências em outros locais, mas queremos que elas nos procurem, pois somos especializados nesse tipo de crime e estamos focados em oferecer um trabalho de qualidade”, afirmou em comunicado.
Além das ações de divulgação, a Decradi realiza palestras em escolas e associações para conscientizar sobre a gravidade do comportamento discriminatório, enfatizando as consequências legais e o suporte disponível para as vítimas.
A delegacia especializada também trabalha na otimização das investigações, visando maior celeridade e coleta de provas relevantes. Quando necessário, os policiais auxiliam no encaminhamento das vítimas para atendimento psicológico.
Como denunciar crime de discriminação
Para denúncias ou orientações, as vítimas podem entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3311-3555. O atendimento presencial ocorre na rua Brigadeiro Tobias, 527, 3º andar, no centro de São Paulo.
A delegada ressaltou que a Decradi está passando por adaptações para receber e acolher mais vítimas. Além disso, a Secretaria da Segurança Pública disponibiliza a Delegacia da Diversidade Online, na Delegacia Eletrônica do site, para registro virtual de denúncias.
“Preferimos o registro presencial, mas entendemos a delicadeza desses casos. O importante é não deixar de denunciar”, frisou a delegada em nota da prefeitura.