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Com mais de 50 organizações, rede defende antirracismo como foco na adaptação climática

Rede Por Adaptação Antirracista reúne grupos de mais de 15 estados do Brasil em articulações por políticas de adaptação climática que considerem os efeitos do racismo ambiental
Membros da Rede Por Adaptação Antirracista participam de evento de lançamento do grupo em Recife, 5 julho de 2024

Foto: Divulgação

13 de julho de 2024

No último dia 7 de julho, em Recife, foi lançada a Rede Por Adaptação Antirracista, reunindo 50 organizações de 15 estados brasileiros, com o objetivo de articular o antirracismo às políticas de adaptação climática.

Para alcançar sua proposta, o grupo realiza articulações para incidir no Congresso Nacional e no Poder Executivo federal para a incorporação de conhecimentos das populações negras, indígenas, quilombolas e originárias, além de outros grupos vulneráveis às consequências da emergência climática.

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Em nota divulgada à imprensa, a secretária-executiva da Rede, Thaynah Gutierrez, aponta que o antirracismo “tem papel central na agenda de adaptação climática” e aponta que, em países desiguais como o Brasil, a política de adaptação às mudanças climáticas necessariamente precisa considerar “o racismo que funda o país”.

“Se não o consideramos continuaremos aceitando que os eventos climáticos extremos vitimizem somente as pessoas negras, indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais de terreiros enquanto as pessoas brancas e ricas das cidades poderão ter a sorte de terem seus territórios adaptados”, diz.

Membros da Rede Por Adaptação Antirracista participam de evento de lançamento do grupo em Recife, 7 julho de 2024
Membros da Rede Por Adaptação Antirracista participam de evento de lançamento do grupo em Recife, 7 julho de 2024 (Divulgação)

A rede se articula desde fevereiro de 2023, sendo seu primeiro ato público a divulgação de uma carta manifesto defendendo a adaptação antirracista citando mais de 500 mortes decorrentes de grandes volumes de chuvas em 2022 e o impacto do chamado racismo ambiental.

As articulações da rede ocorrem em duas frentes: a conexão entre movimentos de base relacionados à temática e possíveis financiadores; e a incidência sobre políticas públicas de adaptação às mudanças climáticas ao nível federal. O grupo já monitora a implementação do Plano Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas (PNA) e o trabalho de secretarias do ministério do Meio Ambiente e da Integração e Desenvolvimento Regional. A rede também participação em legislações sobre adaptações climáticas propostas pelas deputadas federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Erika Hilton (PSOL-SP), os projetos de lei 4129/2021 e 380/2023, respectivamente.

Entre os grupos que integram o a rede estão Greenpeace, Geledés – Instituto da Mulher Negra, Coletivo Caranguejo Tabaiares, Coletivo GRIS, Centro Popular de Direitos Humanos, Instituto Pólis, Habitat para Humanidade, Coalizão Negra por Direitos, Instituto de Referência Negra Peregum e a Articulação Negra de Pernambuco.

Os estados representados na rede são: Acre, Amapá, Belém, Maranhão, Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Sul, Amazonas, Goiás e Rio Grande do Norte.

  • Redação

    A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

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