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BA: Com votação histórica, Olívia Santana é reeleita para a Alba

A deputada estadual cresceu mais de 60% em relação aos votos que obteve em 2018 e se elegeu como a sexta mais votada

Imagem: Alma Preta com Reprodução/Olívia Santana

Foto: Imagem: Alma Preta com Reprodução/Olívia Santana

3 de outubro de 2022

Olívia Santana (PCdoB) foi reeleita para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). Com mais de 92 mil votos, a primeira deputada estadual negra do estado ficou em sexto lugar na disputa e vai para o seu segundo mandato. Olívia será novamente a única mulher negra na Alba.

Filha de uma trabalhadora doméstica e de um marceneiro, Olívia Santana se formou em Pedagogia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Sua trajetória política se iniciou no final dos anos 1980, no Diretório Acadêmico de Pedagogia e no Diretório Central dos Estudantes da UFBA (DCE-UFBA). Em 2004, se elegeu vereadora de Salvador, tendo conquistado a reeleição em 2008.

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Também em 2004, Olívia foi a autora do projeto de lei que serviu de base para a Lei Municipal 6.464/04, que instituiu 21 de janeiro como Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa. Foi com base nesta lei que o deputado federal Daniel Almeida (PCdoB), correligionário dela, propôs o PL que viria se tornar a Lei 11.635/07, sancionado pelo presidente Lula, que instituiu a data como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, além de incluí-la no Calendário Cívico da União.

Durante o primeiro mandato do governador Rui Costa (2015-18), Olívia Santana foi responsável por duas importantes pastas do governo. Entre janeiro de 2015 e janeiro de 2017, foi secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), de onde saiu para assumir a Secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), na qual ficou até abril de 2018, quando iniciou sua pré-campanha a deputada estadual, tendo sido eleita.

Nas eleições de 2018, Olívia conquistou 57.755 votos e se tornou a primeira deputada negra da história da Bahia. Quatro anos depois, nas eleições deste ano, Olívia conseguiu uma marca ainda mais expressiva. Com quase 35 mil votos a mais, pouco mais de 60% de diferença, a parlamentar se reelegeu com 92.559 votos.

“Quero dizer que eu não esperava por essa quantidade de votos e me sinto honrada, por ser uma mulher preta e periférica, que foi escolhida e reeleita para ocupar esse espaço de poder tão importante para o nosso povo da Bahia”, escreveu a deputada em sua página no Instagram.

Outra importante candidatura eleita na Bahia foi do deputado federal Valmir Assunção (PT). Primeiro negro nordestino a integrar a direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Valmir vai para seu quarto mandato seguido na Câmara dos Deputados. Ele foi eleito com pouco mais de 90 mil votos, ficando com a última vaga da federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV).

“Eu só tenho a agradecer a todas, todos e todes que apoiaram a nossa linda campanha. Estou emocionado o voto de confiança dado em nossa história e nossa militância. Fui reeleito com o compromisso de ser a representação das bandeiras dos movimentos sociais e de toda classe trabalhadora no Parlamento”, publicou o deputado em sua página no Instagram.

Em compensação, nomes representativos como Vilma Reis (PT-BA) ficaram de fora do Congresso. A socióloga teve quase 61 mil votos e ficou como a terceira suplente da federação Brasil da Esperança.

“Esse resultado pra nós é uma vitória contundente! Nós somos uma realidade política no estado da Bahia e do Brasil. Nosso agradecimento imenso a todas as pessoas que estiveram conosco nessa jornada ao Congresso Nacional. Foi uma mobilização muito potente de todos os territórios e municípios baianos para conquistarmos essa representatividade nas urnas”, publicou Vilma em seu perfil no Instagram.

Leia também: Rosa Amorim e Dani Portela: mulheres pretas ocupam a Alepe

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