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‘Ela é negra?’: Trump questiona identidade racial de Kamala Harris

Ex-presidente republicano questionou se vice-presidente dos EUA é negra em entrevista com jornalistas negros em Chicago
O ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano em 2024, Donald Trump, responde a perguntas enquanto a moderadora e jornalista Rachel Scott observa durante a convenção anual da Associação Nacional de Jornalistas Negros em Chicago, Illinois, em 31 de julho de 2024.

Foto: Kamil Krzaczynski/AFP

31 de julho de 2024

Nesta quarta-feira (31), em Chicago, o ex-presidente republicano Donald Trump fez declarações controversas sobre Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos, durante uma entrevista na maior reunião anual de jornalistas negros do país. Trump acusa Harris de ter “se tornado negra” com o objetivo de melhorar suas chances nas próximas eleições presidenciais, em novembro.

“Eu respeito qualquer um, mas ela obviamente não porque ela era indiana o tempo todo, e então, de repente, ela fez uma curva e ela foi, ela tornou-se negra. Alguém devia investigar isso também”, disse Trump durante entrevista e continuou com o questionamento: “E agora ela quer ser conhecida como negra. Então não sei, ela é Indiana ou é Negra?”.

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Kamala Harris, filha de um pai jamaicano e de uma mãe indiana, é a primeira mulher negra e a primeira descendente do sul da Ásia a concorrer à presidência dos EUA. A vice-presidente se identifica como uma mulher negra e lançou sua campanha para a Casa Branca com o apoio do presidente Joe Biden, que optou por não buscar a reeleição.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, respondeu imediatamente às declarações de Trump, chamando-as de “insultantes”. “Ninguém tem o direito de dizer a alguém como deve se identificar”, afirmou Jean-Pierre, destacando a natureza ofensiva dos comentários do ex-presidente.

Texto com informações da Agence France-Presse.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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