O juiz Eduardo Pereira Santos Júnior ouviu as testemunhas e os acusados Danilo Barbosa, conhecido como Biu, Paulo Lima, conhecido como Galo de Luta, integrantes do movimento Revolução Periférica, e Thiago Vieira. O grupo organizou uma manifestação e ateou fogo na estátua de Borba Gato, no dia 24 de julho de 2021, em São Paulo.
O advogado de defesa, Jacob Filho, fez uma boa avaliação da audiência e acredita na absolvição dos ativistas. A expectativa é que a sentença seja publicada nos próximos meses.
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“É um juiz que ouve os réus. Eu estou muito confiante”, relata.
Os policiais civis foram questionados sobre a investigação do caso Borba Gato e como chegaram aos ativistas. Neste momento, preferiram não apresentar os caminhos para identificar o grupo.
“Nós estamos em um Estado Democrático de Direito. O policial, diante do juiz e da promotoria, disse que não é necessário revelar os meios da investigação. Ou seja, a prova é ilegal”, conta Jacob Filho.
A audiência aconteceu nesta quinta-feira (8), das 14h às 19h, no Fórum Criminal da Barra Funda.
Sobre o julgamento, Biu salienta a importância do debate que foi levantado a partir da ação do grupo e diz que a luta continua.
“Ser julgado por fazer o povo pensar, raciocinar, por trazer conscientização para a favela me deixa honrado. E vamos para cima, a luta não acabou”, ressalta Biu.
Géssica Barbosa, costureira e companheira de Galo, ficou presa de maneira temporária por dois dias e foi uma das testemunhas ouvidas. Ela fez uma boa avaliação da audiência.
“Eu sai confiante. Acho que virá uma resposta positiva para ambas as partes”, afirma.
A reportagem pediu um posicionamento para a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo sobre os métodos de investigação da polícia civil. Até o fechamento da reportagem, não houve um retorno.
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