Roberto, um homem negro de 31 anos, furtou quatro caixas de chocolate em um supermercado de Guaianazes, zona leste de São Paulo. A juíza Julia Alvim pediu a prisão preventiva de Roberto por conta de condenações passadas pelo crime de furto, por ter sido preso em flagrante e por não ter endereço fixo.
Na audiência de custódia, ele alegou ser uma pessoa em situação de rua, sem qualquer pessoa para comunicar a prisão e sem recursos para um advogado de defesa. Ele foi logo direcionado para a Defensoria Pública do Estado. A audiência de custódia ocorreu no dia 18 de agosto, às 13h, com a promotora de justiça Francine Sanches e a defensora pública Fernanda Macedo.
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“O autuado é multireincidente específico, possuindo diversas condenações anteriores pela prática de crimes de furto”, escreve Julia Alvim no processo. Os documentos da justiça apontam que Roberto cumpria pena, com a saída do sistema penitenciário em maio de 2022. Ele já foi condenado 10 vezes por furto, artigo 155 do código penal.
Para a juíza Julia Alvim, isso representa a necessidade do pedido de prisão preventiva para “evitar a reiteração delitiva, eis que em liberdade já demonstrou concretamente que continuará a delinquir, o que denota o perigo gerado pelo estado de liberdade do autuado”.
No dia 17 de agosto, às 12h30, Roberto entrou no supermercado em Guaianazes, pegou algumas barras de chocolate, avaliadas em R$ 489,30, e tentou fugir do estabelecimento, quando foi impedido pelos seguranças do estabelecimento.
Depois de ser imobilizado pelos seguranças do local, foi levado para o 63º Distrito Policial da Vila Jacuí, pelos policiais Eduardo de Paula e Robson Romão. O caso foi registrado pelo delegado Victor Martins.
O responsável pela segurança do mercado relatou que Roberto “selecionou algumas caixas [de chocolate], colocando as dentro de sua bolsa. Após, coloca a bolsa nas costas, pula a grade dos caixas, e se direciona a saída da loja”.
*Roberto é um nome fictício escolhido para preservar a imagem da pessoa
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