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‘Sugam a renda’: Erika Hilton pede ao MPF bloqueio do ‘Jogo do Tigrinho’ no Brasil

Parlamentar frisa que "jogos online são cassinos abertos 24 horas por dia que sugam um pouco mais da renda e do patrimônio do brasileiro"
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

27 de setembro de 2024

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou nesta quinta-feira (26), uma representação no Ministério Público Federal (MPF) para que o chamado “Jogo do Tigrinho” seja bloqueado no Brasil.

No pedido, a parlamentar afirma que as empresas PG Soft Games e Sribe LTDA, responsáveis pelos jogos “Tigrinho/Fortune Tiger”, “Coelhinho/Fortune Rabir” e “Aviazinho/Aviator”, possuem condutas que caracterizam crimes contra a economia popular, publicidade abusiva contra consumidores e publicidade infantil.

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“Nos últimos tempos, revelou-se que esses jogos estão destruindo o patrimônio de famílias, inclusive as beneficiárias do Bolsa Família, e também o patrimônio do nosso País, que perde bilhões todos os meses para esse mercado abusivo”, publicou Hilton nas redes sociais.

Dados do relatório “Futuro das Apostas Esportivas Online: onde estamos e para onde vamos” apontam que pessoas negras (pretas e pardas) são as que mais fizeram apostas esportivas online no Brasil (40%), enquanto os usuários brancos somam 33% das pessoas. 

“Por meio de publicidade ilegal, inclusive com “influencers mirins” recomendando os jogos à crianças (que estão jogando até durante a aula), promessas de ‘dinheiro fácil’ e influenciadores que fraudam seus seguidores, esses jogos têm entrado nos lares, e levado o vício, às famílias brasileiras“, denuncia.

Erika também aponta que, diferente das apostas esportivas, por exemplo, esses jogos online são “verdadeiros cassinos, abertos 24 horas por dia, que sugam, a cada segundo, um pouco mais da renda e do patrimônio do brasileiro“.

Em sua visão, o cenário se configura como “um verdadeiro crime contra a dignidade humana, contra a criança e o adolescente, e contra a economia do nosso país”, uma vez que há casos de suicídio entre apostadores que foram à falência. 

“Por isso, apesar de, na Câmara, termos aprovado regras para o setor, entendo que não dá tempo de esperarmos a regulamentação surtir efeito e a boa vontade de quem lucra com a nossa desgraça. A ação precisa ser rápida, e é papel de nós, parlamentares, trabalharmos de todas as formas possíveis para parar essa sangria antes que mais gente morra”, conclui a publicação.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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