Durante o Outubro Rosa, o governo estadual de São Paulo enfatiza a conscientização sobre o câncer de mama e a relevância da mamografia na saúde da mulher. Nos primeiros sete meses deste ano, foram realizadas 761.995 mamografias em todo o estado, destacando a importância do exame para a detecção precoce da doença.
As mulheres com idades entre 50 e 69 anos que nunca fizeram mamografia ou não a realizam há mais de dois anos podem agendar o exame de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem necessidade de pedido médico. Para isso, é preciso apresentar um documento com foto e o cartão do SUS.
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O agendamento pode ser feito pelo telefone 0800 779 0000, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, exceto feriados. As consultas são marcadas por meio do Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo (Cross). Parte das ações do Outubro Rosa, o programa “Mulheres de Peito” está disponível no aplicativo e no portal do Poupatempo, facilitando o agendamento e direcionando as chamadas para o mesmo número.
As Carretas da Mamografia oferecem o exame gratuitamente para mulheres entre 50 e 69 anos, bastando apresentar o RG e o cartão do SUS. Para aquelas com idades entre 35 e 49 anos ou acima de 70 anos, é necessário apresentar um pedido médico, além do RG e do cartão.
O atendimento nas carretas ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com até 50 senhas disponíveis por dia. Aos sábados, o horário é das 8h ao meio-dia, com atendimento para até 25 mulheres. As interessadas podem consultar o itinerário das Carretas da Mamografia pelo Poupatempo, acessando a aba “Saúde”, escolhendo “Mulheres de Peito” e clicando em “Consultar itinerário das Carretas da Mamografia“.
Caso haja alterações nos exames, as pacientes são encaminhadas a um serviço de referência do SUS para exames complementares ou tratamento.
Câncer de mama atinge principalmente mulheres negras
Um estudo do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelou que o câncer de mama tem comportamento mais agressivo em mulheres negras. A pesquisadora Sheila Coelho Soares Lima, responsável pelo estudo, destacou que a mortalidade entre mulheres negras é 67% superior à das mulheres brancas, apesar de a incidência da doença ser maior entre as brancas
“Temos uma população muito miscigenada e nosso objetivo era entender por que morrem mais mulheres negras de câncer de mama. Descobrimos que o subtipo mais agressivo da doença acomete quase o dobro de mulheres negras em comparação às brancas”, afirmou Sheila, durante o evento de divulgação do estudo.
A pesquisa ainda destacou que, entre as possíveis causas para essa vulnerabilidade ao câncer de mama triplo-negativo, estão fatores como ancestralidade, diferenças moleculares e barreiras no acesso aos serviços de saúde.