A deputada estadual negra mais votada do Rio Grande do Sul, Bruna Rodrigues (PCdoB), denunciou ter sido vítima de ameaças de morte, estupro e ofensas racistas contra a parlamentar e sua filha.
Segundo a assessoria da deputada, os ataques foram enviados ao e-mail institucional, com discurso de ódio e supremacista branco, direcionados contra toda a população negra.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
O remetente, Anderson Rocha Ludovico de Menezes, também assina a autoria de outras ameaças proferidas contra a deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS), as deputadas estaduais Thainara Faria (PT-SP), Rosa Amorim (PT-PE) e a vereadora belenense Beatriz Caminha (PT-PA). Todas as políticas citadas pelo remetente são mulheres negras.
Para Bruna Rodrigues, há indícios de que os ataques fazem parte de uma articulação em cadeia a nível nacional. “Tais violências configuram uma verdadeira ameaça não somente à integridade física e psicológica minha de minha filha Kamilly, mas também ao meu mandato parlamentar, à soberania da Assembleia Legislativa e à democracia como um todo”, declara.
Um Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado pela parlamentar, que em comunicado no Instagram destacou ter notificado a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS).
Deputadas demonstram apoio nas redes sociais
Em resposta ao ocorrido, parlamentares mulheres demonstraram apoio às vítimas e solicitaram celeridade na responsabilização dos envolvidos. Em nota publicada no X (antigo Twitter), a deputada federal Reginete Bispo (PT-RS) repudiou o caso.
“Repudio com veemência os ataques sofridos pela deputada estadual Bruna Rodrigues, que foi ameaçada de morte por um sujeito que se diz homem branco e cidadão de bem. Não toleramos nenhum tipo de violência contra mandatos pretos. Exigimos justiça. Estamos juntas, @bru_rodrigues65”, escreveu a parlamentar.
A deputada federal Daiana Santos (PcdoB-RS) também expressou solidariedade nas redes sociais. “De maneira alguma, podemos tolerar que essas intimidações impeçam nossa atuação política. Seguimos atuantes e enfrentando essa estrutura racista, misógina e patriarcal”, diz trecho da publicação.