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Museu Afro Brasil celebra 20 anos com 3 mostras montadas a partir de acervo próprio

As exposições refletem a luta e o impacto do povo negro na construção da sociedade brasileira
Imagem mostra a fachada do Museu Afro Brasil, localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo.

Foto: Reprodução

18 de outubro de 2024

O Museu Afro Brasil está comemorando os seus 20 anos com a inauguração de três exposições no dia 23 de outubro: “Pensar e Repensar, Fazer e Refazer”, “Uma História do Poder na África” e “Popular, Populares”.

Desde 2004, a instituição ocupa um prédio de 12 mil m² desenhado por Oscar Niemeyer (1907-2012), o Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega, no Parque Ibirapuera, que abriga cerca de 8.000 obras que narram a história do Brasil e do mundo pela ótica da população negra.

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As exposições dialogam com diferentes facetas da história, cultura e arte afro-brasileira, refletindo a luta e o impacto do povo negro na construção da sociedade brasileira. Parte desse acervo compõe as três exibições.

Em “Pensar e Repensar, Fazer e Refazer”, a exibição recupera obras das mais 300 exposições que ocuparam o museu nas duas últimas décadas. Há quadros de artistas negros do século 19 e 20 que aparecem em “Negro Pintores”, de 2008.

Há também retratos feitos na virada do século 20 pelo fotógrafo Militão Augusto de Azevedo (1837-1905). As imagens dialogam com fotos de outro artista, Ayrson Heráclito, sobre o universo de alimentos do candomblé.

Na exposição “Uma História do Poder na África”, a mostra destaca como o continente influenciou civilizações pelo mundo. Entre as obras, aparecem escaravelhos em formato de coração, originais do Egito. Com cerca de 2.000 anos, são feitos de faiança azul, um tipo de cerâmica, e eram usados durante mumificações.

Com curadoria de Vanicléia Santos, o acervo também apresenta réplicas de tronos e coroas de outras regiões da África. Trabalhos contemporâneos completam a seleção de obras. O museu comissionou instalações das artistas Damara Inglês, da Angola, e Gisela Casimiro, da Guiné-Bissau. 

A mostra “Popular, Populares” explora o que é arte popular brasileira com peças multicoloridas de cenas cotidianas e celebrações religiosas do país. Os objetos que abrem a mostra são carrancas — esculturas que ficam no nariz de embarcações —, produzidas por Francisco Biquiba e seus alunos. 

Algumas das peças foram utilizadas no rio São Francisco como símbolos de proteção em travessias, mas depois se tornaram adornos desejados no mercado da arte.

Para mais informações, acesse o site oficial do museu.

* Com informações do jornal Folha de São Paulo

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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