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Periferias são as mais afetadas por mudanças climáticas na avaliação de crianças, diz estudo da PUC

Em maio deste ano, as periferias registraram variações de temperaturas de até 10º em comparação a regiões mais ricas
Luciana Queiroz / PARES Cáritas RJ

Foto: Luciana Queiroz / PARES Cáritas RJ

22 de outubro de 2024

Uma pesquisa conduzida pela Clínica de Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) apontou que 75% das crianças e adolescentes entrevistados percebem que as mudanças climáticas impactam as populações de maneira desigual e afetam com mais intensidade as comunidades periféricas ou de difícil acesso.

Além disso, para 79% das crianças, as mudanças climáticas são uma ameaça real para as gerações futuras. Cerca de 90% dos participantes também afirmaram ter conhecimento sobre os direitos das crianças e adolescentes, no entanto, apenas 64% sentem que suas opiniões são levadas em consideração pelos responsáveis pela tomada de decisões.

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O estudo, conduzido em parceria com o Centro Marista de Defesa da Infância (CMDI), os Maristas no Brasil e a Província Marista México Central (PMMC), ouviu 457 crianças e adolescentes de escolas maristas sobre suas percepções em relação ao meio ambiente e às mudanças climáticas. Os entrevistados residem em zonas urbanas do Brasil e do México.

Em maio deste ano, as periferias registraram variações de temperaturas de até 10º acima da média de regiões mais ricas e urbanizadas, segundo um estudo feito pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.

Ademais, conforme apontam os dados coletados pelo Instituto Locomotiva, em conjunto com o Data Favela e a Central Única das Favelas, 67% dos moradores de comunidades periféricas são negros.

A escassez de áreas verdes, a elevada presença de concreto e asfalto, além da poluição do ar, são os principais responsáveis pelo aumento das temperaturas nas áreas periféricas das cidades.

Com informações da Agência Brasil

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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