Uma pesquisa conduzida pela Clínica de Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) apontou que 75% das crianças e adolescentes entrevistados percebem que as mudanças climáticas impactam as populações de maneira desigual e afetam com mais intensidade as comunidades periféricas ou de difícil acesso.
Além disso, para 79% das crianças, as mudanças climáticas são uma ameaça real para as gerações futuras. Cerca de 90% dos participantes também afirmaram ter conhecimento sobre os direitos das crianças e adolescentes, no entanto, apenas 64% sentem que suas opiniões são levadas em consideração pelos responsáveis pela tomada de decisões.
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
O estudo, conduzido em parceria com o Centro Marista de Defesa da Infância (CMDI), os Maristas no Brasil e a Província Marista México Central (PMMC), ouviu 457 crianças e adolescentes de escolas maristas sobre suas percepções em relação ao meio ambiente e às mudanças climáticas. Os entrevistados residem em zonas urbanas do Brasil e do México.
Em maio deste ano, as periferias registraram variações de temperaturas de até 10º acima da média de regiões mais ricas e urbanizadas, segundo um estudo feito pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo.
Ademais, conforme apontam os dados coletados pelo Instituto Locomotiva, em conjunto com o Data Favela e a Central Única das Favelas, 67% dos moradores de comunidades periféricas são negros.
A escassez de áreas verdes, a elevada presença de concreto e asfalto, além da poluição do ar, são os principais responsáveis pelo aumento das temperaturas nas áreas periféricas das cidades.
Com informações da Agência Brasil