Baku – Cerca de quinze pessoas, próximo aos pavilhões dos países, protestaram contra a guerra na Faixa de Gaza durante a Conferência do Clima, em Baku, no Azerbaijão. Os manifestantes pediram o fim do genocídio palestino no Oriente Médio.
Em entrevista para a Alma Preta, Mohammed Usrof, do Instituto Palestino para Estratégia Climática, sinalizou que uma das demandas é o fim das exportações de equipamentos de guerra para Israel.
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“Nós fomos silenciados pelas Nações Unidas. Nós fomos questionados para não apresentar fotos da minha família para as pessoas, fomos questionados para não usarmos slogans sobre ‘Palestina Livre’, documentos que falem para tirarem o financiamento de um genocídio, que falem sobre o fim do assassinato de pessoas”, contou.
Ele contou que as famílias de pai e mãe foram nascidas e criadas em Gaza, que os familiares por parte da mãe conseguiram sair de Gaza em Fevereiro, e que a família paterna foi toda morta em 13 de Março.
Lise Masson, dos movimentos Amigos da Terra Internacional e Rede de Demanda por Justiça Climática, contou que houve uma escolha de fazer uma manifestação de impacto no primeiro dia da COP29 para pedir o fim da guerra.
“Eu acho que a justiça climática é a justiça. Então para nós isso significa que nós não estamos apenas olhando para o corte das emissões, nós estamos olhando para o sistema que está dando combustível para a crise climática e para a guerra na Palestina”, afirmou.
O conflito histórico na região se agravou com os ataques do Hamas, no dia 7 de Outubro de 2023, quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251, sequestradas. O governo de Israel afirma que 97 pessoas continuam como reféns em Gaza. Desde então, o governo de Israel, sob a liderança de Benjamin Netanyahu, tem feito ofensivas contra Gaza, que resultaram na morte de 43 mil pessoas. Dados da ONU sinalizam que 70% das vítimas são mulheres e crianças.