PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Pesquisar
Close this search box.

Movimento das mulheres indígenas é diverso e cresce a cada dia, mostra mapeamento

Mapa das Mulheres Indígenas no Brasil 2024 destaca 241 organizações e a força do associativismo indígena no país
A imagem mostra uma ilustração de mulheres indígenas, material que acompanha a publicação. A arte foi idealizada pela artista Auá Mendes, do povo Mura.

Foto: Divulgação/Instituto Socioambiental

29 de novembro de 2024

O Mapa das Organizações das Mulheres Indígenas no Brasil 2024, fruto de uma parceria entre a Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e o Instituto Socioambiental (ISA), será lançado nesta sexta-feira (29) na Terra Indígena Limão Verde, localizada em Amambai (MS). 

O evento faz parte da Conferência das Mulheres Indígenas 2024/2025 e ocorre simultaneamente à XII Grande Assembleia Kuñangue Aty Guasu, o maior encontro das mulheres Kaiowá e Guarani de Mato Grosso do Sul.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Destaques do mapeamento

O Mapa revela que as mulheres indígenas em todo o Brasil se organizam em 241 entidades que incluem diversos tipos de coletivos, movimentos, associações e redes. Entre as principais pautas abordadas por essas organizações, destacam-se questões como saúde e educação diferenciadas, combate à violência de gênero, defesa dos territórios e valorização dos modos de vida tradicionais. 

O estudo também evidencia o trabalho das Guerreiras da Floresta, que atuam na proteção da Terra Indígena Araribóia, no Maranhão, em parceria com os Guardiães da Floresta.

O levantamento também destaca a distribuição das organizações: 174 são locais, 48 são regionais, 14 são estaduais e 5 são nacionais. O período entre 2020 e 2024 foi o de maior criação de organizações, com 74 novos grupos formados. Esse dado reflete o crescente engajamento das mulheres indígenas na luta por seus direitos e no fortalecimento da mobilização política no país.

Ferramenta estratégica para o movimento indígena

O Mapa das Organizações das Mulheres Indígenas trata-se de uma ferramenta estratégica para o fortalecimento do movimento indígena. Ele apresenta, entre outros elementos, o georreferenciamento das organizações, artigos que discutem as motivações das mulheres para a organização, e um histórico do associativismo indígena por meio de uma linha do tempo. Além disso, o Mapa aponta lacunas nas redes de mulheres indígenas e oferece dados valiosos para o desenvolvimento de novas articulações políticas e ações coletivas.

De acordo com Luma Prado, pesquisadora do ISA, o estudo “evidencia a força e a diversidade da luta das mulheres indígenas”, que têm se organizado para criar novos sujeitos políticos e transformar as formas de atuação política. Ao se nomearem como entidades ou coletivos, elas reafirmam que sempre estiveram em movimento, embora muitas vezes sem o devido reconhecimento.

Conferência das Mulheres Indígenas 2024/2025

A Conferência das Mulheres Indígenas 2024/2025 é uma série de encontros realizados pela Anmiga, em parceria com os Ministérios dos Povos Indígenas e das Mulheres. A conferência será dividida em sete etapas regionais e uma etapa nacional, e tem como objetivos fortalecer a luta dessas mulheres por meio da troca de experiências e da mobilização política e social. 

Durante os encontros, serão discutidos temas importantes como direito e gestão territorial, emergência climática, violência de gênero, saúde e educação diferenciadas e a transmissão de saberes intergeracionais.

A primeira etapa da conferência, chamada Aroeira, acontecerá entre os dias 29 e 30 de novembro na Terra Indígena Limão Verde, em Amambai (MS). Já a etapa final será realizada de 8 a 11 de março de 2025 em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano