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Estudantes brasileiros participam de intercâmbio em Cabo Verde para discutir educação antirracista

A quarta edição do programa Caminhos Amefricanos promove debates e atividades culturais entre Brasil e Cabo Verde para fortalecer o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana
Imagem dos estudantes negros brasileiros selecionados para o Programa Caminhos Amefricanos. Os beneficiados passarão por atividades e debates que fortalecem a valorização do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana.

Imagem dos estudantes negros brasileiros selecionados para o Programa Caminhos Amefricanos. Os beneficiados passarão por atividades e debates que fortalecem a valorização do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana.

— Maíta Alves/MIR

6 de dezembro de 2024

Um grupo de 50 estudantes negros brasileiros desembarcou em Cabo Verde para participar quarta edição do Seminário Internacional Caminhos Amefricanos, que acontece na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) até o dia 13 de dezembro. O programa, organizado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), visa fortalecer a cooperação internacional e incentivar a educação antirracista.

Os participantes, que incluem estudantes quilombolas e autodeclarados pretos ou pardos matriculados a partir do 5º semestre em instituições públicas de ensino superior, foram selecionados entre 230 candidatos. 

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A iniciativa destaca o compromisso com a formação de professores qualificados para lidar com questões étnico-raciais e aplicar a Lei 10.639, que obriga o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas brasileiras.

Atividades e objetivos do programa Caminhos Amefricanos

A programação inclui oficinas, mesas de debate, visitas a sítios culturais em Praia, exibição de documentários e oficinas de Crioulo Cabo-Verdiano. Temas como juventude, empreendedorismo, relações étnico-raciais e de gênero estão entre os tópicos das discussões.

Além disso, o seminário busca promover uma troca de experiências entre os dois países, incentivando práticas educacionais que combatam o racismo e valorizem a história afro-diaspórica

“Finalizar o ano com esta edição reafirma a força do programa em valorizar a história e cultura africana e afro-brasileira na educação do país”, afirmou Luiz Paulo Bastos, diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, em comunicado ministerial.

No encerramento das atividades, é esperado que os intercambistas retornem ao Brasil mais capacitados para promover uma educação antirracista, consciente e inclusiva, fortalecendo o papel da escola como espaço de letramento racial, de luta contra a discriminação e de transformação social.

Em nota, a pasta da Igualdade Racial diz considerar o programa Caminhos Amefricanos um exemplo de como políticas públicas de combate ao racismo podem transformar a educação e ampliar o reconhecimento das contribuições históricas da África e de sua diáspora para a construção do Brasil.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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