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Documentário retrata luta de povos originários contra o agronegócio no Pará

O filme mostra como o Baixo Tapajós é pressionado pela expansão da mineração e da extração ilegal de madeira, além do desmatamento e o uso de agrotóxicos
Imagem mostra uma idosa indígena.

Documentário retrata luta de povos originários contra o agronegócio no Pará.

— Divulgação/Canal Brasil

11 de janeiro de 2025

Após séculos de apagamento cultural e na luta diária contra o avanço do agronegócio, a região do Baixo Tapajós, localizada no encontro dos rios Tapajós e Amazonas, no estado do Pará, é retratada no documentário “Retomada”, que será exibido pela primeira vez na televisão neste sábado (11) às 20h, no Canal Brasil.

O longa-metragem, dirigido por Ricardo Martensen, conta sobre o processo de luta que se iniciou no princípio do século XXI por meio de três histórias: das aldeias Castanhal dos Tupinambá e da Açaizal dos Mundurukus, e do jovem militante e comunicador Cristian Arapiun.

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O documentário mostra como o Baixo Tapajós é pressionado pelo avanço do agronegócio, pela expansão da mineração e da extração ilegal de madeira, além do desmatamento, do uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras monocultoras e da poluição dos rios e lagos. Apesar do contexto desafiador, os 13 povos que formam a região a fortaleceram em um processo de resistência e luta pela sua identidade cultural.

A aldeia Castanhal, dos tupinambás, sob a liderança da cacique Estévina, luta para consolidar sua identidade e preservar a floresta ao seu redor. Já a aldeia Açaizal, dos Mundurukus, encontra-se cercada pelos campos de soja, que trouxeram veneno para suas plantações e secaram o igarapé.

O filme acompanha esse processo de resistência, que começou no início do século XXI, se fortaleceu ao longo do tempo, resistiu ao governo de Jair Bolsonaro e agora se encontra mais vigoroso do que nunca, através de três histórias.

A aldeia Castanhal, liderada por Estévina, busca firmar sua identidade e preservar a floresta. A aldeia Açaizal, por sua vez, está isolada pelos campos de soja, enfrentando os danos causados pelos agrotóxicos e o desmatamento. Lá, os moradores resistem, registrando suas lutas com vídeos de celular e bloqueando as máquinas de destruição com seus próprios corpos.

Por fim, a história de Cristian Arapiun, militante indígena, que, além de trabalhar na comunicação do Conselho, se prepara para vivenciar o maior encontro indígena do mundo em Brasília, dando visibilidade à luta de seu povo.

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