PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Faculdade deve indenizar aluno trans por recusa em atualização cadastral, determina Justiça

Decisão unânime condenou a Faculdades Metropolitanas Unidas por não atualizar informações de aluno trans após retificação de nome
Decisão do TJSP obriga o centro universitário a indenizar o estudante trans.

Decisão do TJSP obriga o centro universitário a indenizar o estudante trans.

— Reprodução / Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania

14 de janeiro de 2025

  

Na segunda-feira (13), o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) manteve a decisão judicial que condena Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), por não realizar a atualização dos dados cadastrais de um aluno, após ter realizado a transição de gênero.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A decisão inicial foi proferida pela juíza Pitelli da Guia, da 21ª Vara Cível Central e determinou também o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil. 

Segundo os autos do processo, após ter transicionado, o aluno alterou seus documentos pessoais e solicitou à universidade que adotasse seu nome civil retificado. No entanto, o estudante continuou recebendo mensagens do sistema interno da instituição com o seu nome morto.

O desembargador e relator do recurso apresentado à 30ª Câmara de Direito Privado do TJSP, Marcos Gozzo, destaca que a utilização do nome incorreto é incontroversa, devendo ser mantido o pagamento em reparação.
“A indenização deve abarcar não só a efetiva reparação pelos transtornos, mas também favorecer o desestímulo ao desrespeito da legislação e da própria parte, cumprindo assim sua finalidade axiológica, com a necessidade de imposição de uma sanção ao ofensor para evitar a reincidência”, aponta o relator.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano