Sindicatos e movimentos populares convocaram na segunda-feira (20) uma manifestação contra a declaração do presidente recém-empossado dos Estados Unidos, Donald Trump, em que ele diz querer reassumir o controle do Canal do Panamá.
As alegações ocorreram durante o discurso de posse de Trump, no Capitólio, sede do poder legislativo estadunidense. Na fala, o presidente afirmou que o país voltará a disputar o controle da área marítima, localizada na América Central.
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“Navios americanos sofrem tributações excessivas e não recebem qualquer tratamento justo, incluindo a frota da Marinha. Sobretudo, a China está operando o canal. Nós não demos o canal à China, demos ao Panamá e o tomaremos de volta”, disse o presidente republicano.
Em carta aberta, assinada pela Frente Nacional pela Defesa dos Direitos Econômicos e Sociais (Frenadeso) e pelo Sindicato Único Nacional dos Trabalhadores da Construção e Indústrias Similares (Suntracs), as organizações pedem apoio para enfrentar os projetos do governo dos EUA para o país caribenho.
“Chamamos a unidade das forças patrióticas, progressistas, democráticas, populares e revolucionárias, a solidariedade dos povos e organizações irmãs do Sul Global, neste momento crucial da nossa história, para enfrentar os planos de Donald Trump contra o Panamá e deter a voracidade desenfreada da oligarquia com […] projetos depredadores e de outras medidas que buscam triturar as esperanças de um povo”, declaram as organizações.
Além do comunicado, as organizações e a sociedade civil se reuniram em frente à casa do embaixador dos Estados Unidos no Panamá, Kevin Marino Cabrera, em protesto contra as declarações de Trump, com o lema “O Canal do Panamá não está à venda”.
O canal, que já esteve por décadas sob o domínio estadunidense, foi devolvido gradualmente ao Panamá. A rota é o principal trajeto para o comércio marítimo entre os oceanos Pacífico e Atlântico.
