PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Trump coloca funcionários de programas de diversidade em licença remunerada

Funcionários de escritórios de equidade e inclusão foram colocados em licença remunerada antes do encerramento definitivo das iniciativas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assina ordens executivas no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025. Entre as ordens executivas está o fim de políticas inclusivas e de diversidade.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assina ordens executivas no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC, em 20 de janeiro de 2025. Entre as ordens executivas está o fim de políticas inclusivas e de diversidade.

— Jim Watson/Pool/AFP

22 de janeiro de 2025

A gestão do presidente Donald Trump ordenou o encerramento de escritórios e iniciativas de Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade em todas as agências do governo dos Estados Unidos. Um memorando do Escritório de Gestão de Pessoal dos EUA (OPM, na sigla em inglês), divulgado na terça-feira (21), determina que os funcionários dessas divisões sejam colocados em licença administrativa remunerada até a noite desta quarta-feira (22).

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou a medida e afirmou que ela reflete o compromisso de Trump com uma sociedade baseada na meritocracia

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

“O presidente Trump fez campanha para eliminar a influência nociva do DEI no governo federal e restaurar uma sociedade onde as pessoas sejam contratadas com base em suas habilidades, não na cor de sua pele. Esta é mais uma vitória para americanos de todas as raças, religiões e credos”, declarou Leavitt.

Memorando exige desmonte imediato

O documento do diretor interino do OPM, Charles Ezell, instruiu todos os chefes de departamentos e agências a cancelarem treinamentos de diversidade, rescindirem contratos relacionados e desativarem sites e redes sociais que promovam essas iniciativas até a noite de quarta-feira.

Além disso, os chefes de agências devem solicitar aos funcionários que relatem quaisquer esforços para mascarar programas de diversidade usando termos genéricos. O não cumprimento das exigências no prazo estipulado poderá resultar em “consequências adversas”, conforme diz o memorando.

Até quinta-feira (23), cada agência deverá apresentar uma lista dos escritórios e contratos relacionados a iniciativas de diversidade existentes até 5 de novembro de 2024 (data da eleição presidencial), bem como planos para o cumprimento das ordens executivas de Trump. 

Uma proposta de “redução de força de trabalho” envolvendo os funcionários dessas divisões deve ser entregue até sexta-feira.

Fim das políticas inclusivas e de diversidade

A medida faz parte de uma série de ordens executivas assinadas por Trump em seu primeiro dia do novo mandato. Ao todo, 78 decretos emitidos por seu antecessor, Joe Biden, foram eliminados. 

Entre as ordens revogadas estão ações voltadas para a promoção da diversidade, igualdade e inclusão nos setores governamental, corporativo e de saúde, além de políticas que garantiam direitos à população LGBTQIAPN+.

Em um discurso a apoiadores em Washington, Trump afirmou que os programas de diversidade “dividiram os americanos por raça, desperdiçaram dólares dos contribuintes e resultaram em discriminação vergonhosa”. Ele ainda declarou que o governo adotará apenas dois gêneros: masculino e feminino.


Além do governo, grandes empresas dos Estados Unidos têm reduzido ou encerrado programas de diversidade e inclusão desde a vitória de Trump em novembro de 2024. Nomes como Meta (controladora do Facebook), Walmart, Ford, MCDonalds, John Deere, Harley-Davidson e Jack Daniel’s estão entre os que recuaram em iniciativas nesse sentido.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano