O novo manual interno de moderação das redes sociais pertencentes à Meta — Facebook, Instagram e WhastsApp — permite conteúdos que violam as leis brasileiras, principalmente, no que se refere a crimes raciais, previstos no Código Penal.
As novas diretrizes da big tech, denunciadas por políticos de esquerda e defensores dos direitos humanos, permitem que os usuários das plataformas realizem publicações de supremacia racial e crimes de ódio racial.
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Segundo apuração da agência Aos Fatos, documentos internos de moderação da empresa de tecnologia autorizam a propagação de conteúdos que reforçam preconceitos raciais, étnicos, religiosos, contra pessoas com deficiência e outros grupos marginalizados.
Os antigos vetos às expressões explícitas de ódio e rejeição a grupos sociais, foram flexibilizados. Agora, as novas diretrizes indicam apenas a proibição de frases que indiquem nojo e repulsa a certos grupos sociais, de modo literal.
Afirmações como “os brancos são os melhores” e “eu odeio negros” estão entre as que antes eram banidas e agora passam a ser autorizadas nas plataformas.
As regras da Meta também teriam sido alteradas, adotando maior tolerância com comparações entre grupos sociais e expressões de superioridade. Na nova política, por exemplo, os usuários estão autorizados a discutir qual raça seria mais inteligente, por exemplo, desde que citando supostos estudos que comprovem a afirmação.
Para os casos de comparações de grupos sociais que não envolvam capacidades intelectuais, a Meta dispensará a necessidade da fonte para basear as declarações.
A Alma Preta procurou a Meta e questionou quais medidas serão adotadas para evitar casos de racismo em suas plataformas. Em nota, a assessoria de comunicação da empresa não respondeu ao questionamento e apenas enviou uma nota em que a empresa defende a “livre expressão”.