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Paula Nunes, da Bancada Feminista do PSOL, se candidata à presidência da ALESP

A codeputada será a única candidata de oposição na eleição da Mesa Diretora na disputa pela liderança da Assembleia Legislativa de São Paulo; a casa nunca teve uma mulher na presidência
Imagem da codeputada da Bancada Feminista do PSOL, Paula Nunes, mulher negra que lançou candidatura à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).

Imagem da codeputada da Bancada Feminista do PSOL, Paula Nunes, mulher negra que lançou candidatura à presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).

— Reprodução/Alesp

10 de fevereiro de 2025

Pela primeira vez na história da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), uma mulher disputará a presidência da Casa. Paula Nunes, codeputada da Bancada Feminista do PSOL, lançou sua candidatura para eleição da mesa diretora, marcada para o dia 15 de março.

A ALESP nunca teve uma mulher na presidência e, na composição da mesa diretora, não há nenhuma deputada, apesar de haver 25 parlamentares eleitas na atual legislatura.

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A candidatura de Paula Nunes é a única alternativa de oposição ao deputado André do Prado (PL), que tem o apoio do governador Tarcísio de Freitas e das demais bancadas da Casa.

Disputa contra a extrema direita e a privatização

Caso eleita, a codeputada promete atuar para garantir uma Assembleia independente do governo estadual e fortalecer o enfrentamento à extrema direita.

“Quando tomei posse como deputada na ALESP eu disse que não daria nenhum dia de paz para a extrema direita, e continuarei lutando contra os projetos de privatização do serviço público, contra a violência policial e em defesa dos direitos da população de São Paulo”, destacou Paula Nunes em comunicado à imprensa.

A codeputada criticou ainda o alinhamento da ALESP com o governo estadual, mencionando a recente aprovação da privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) e do projeto de escolas cívico-militares.

“A ALESP não pode ser apenas um ‘puxadinho’ do governador, que ataca os direitos dos trabalhadores e reprime manifestações contrárias aos seus projetos”, acrescentou.

Quem é Paula Nunes

Paula Nunes é ativista do movimento negro e integra o mandato coletivo Bancada Feminista, eleito em 2022 com 259,7 mil votos. Além dela, o grupo é composto por Carolina Iara, Simone Nascimento, Mariana Souza e Sirlene Maciel.

Desde o início do mandato, a Bancada Feminista tem se posicionado contra as políticas de privatização do governo Tarcísio de Freitas e atuado em defesa dos direitos humanos. Paula Nunes é membro da Comissão de Direitos Humanos da ALESP e coordena a Frente Parlamentar em Defesa da Juventude Negra e Periférica.


Em novembro de 2023, a codeputada se destacou ao confrontar o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e por cobrar explicações sobre a morte de uma criança de quatro anos durante uma operação policial na Baixada Santista.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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