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Tarcísio de Freitas recorre no STF contra uso obrigatório de câmeras ininterruptas pela PM

Em recurso, o governo paulista alega alto custo para implementação de câmeras corporais com gravação ininterrupta
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante evento no Palácio dos Bandeirantes, em 2023.

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante evento no Palácio dos Bandeirantes, em 2023.

— Monica Andrade/Governo do Estado SP

14 de fevereiro de 2025

Na quinta-feira (13), o governo de São Paulo apresentou um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a flexibilização da decisão que obriga o uso obrigatório de câmeras corporais, com gravação ininterrupta, em operações de grande porte deflagradas pela Polícia Militar.

A obrigatoriedade na utilização dos dispositivos foi determinada pelo ministro e presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em dezembro do ano passado. A medida vale também para ações em comunidades vulneráveis, de restauração da ordem pública e incursões de resposta a ataques contra policiais.

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Na terça-feira (11), Barroso concedeu mais 30 dias para a gestão de Tarcísio Freitas (Republicanos) apresentar informações detalhadas sobre a implementação das bodycams na rotina da corporação. O prazo original acabaria em fevereiro.

 O documento encaminhado pela Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE) pede que o Supremo reavalie o prazo para a implementação dos aparelhos. Para o órgão, a medida do STF possui um custo elevado e pode comprometer a ampliação do programa.

Atualmente, a Polícia Militar de São Paulo possui cerca de 12 mil câmeras. Segundo o governo paulista, a aquisição dos novos equipamentos de gravação ininterrupta pode inviabilizar a ampliação do programa para 30 mil dispositivos. 

O recurso da PGE pede que o STF reconheça que a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPESP) não atue no caso, já que o órgão é o autor da ação para obrigar o uso dos equipamentos.

A administração de Tarcísio ainda requer que o uso das câmeras pelos policiais militares seja prioritário em vez de obrigatório.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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