Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Sem cookies para exibir.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Sem cookies para exibir.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Sem cookies para exibir.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Sem cookies para exibir.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Sem cookies para exibir.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Angola abandona mediação de conflito no Congo e foca em presidência da União Africana

País deixa papel de mediador após insucesso nas negociações; M23 avança no leste congolês enquanto busca-se novos representantes para a função
O recém-eleito presidente da União Africana e presidente de Angola, João Lourenço, durante a 38ª Cúpula da União Africana (UA), na sede da UA em Adis Abeba, em 15 de fevereiro de 2025.

O recém-eleito presidente da União Africana e presidente de Angola, João Lourenço, durante a 38ª Cúpula da União Africana (UA), na sede da UA em Adis Abeba, em 15 de fevereiro de 2025.

— Amanuel Sileshi/AFP

24 de março de 2025

O governo de Angola anunciou nesta segunda-feira (24) que deixará de atuar como mediador no conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC). Segundo comunicado da presidência, a decisão foi tomada para que o país possa concentrar esforços em sua recente nomeação para a presidência rotativa da União Africana (UA).

Desde 2022, o presidente angolano João Lourenço liderava as negociações para tentar pacificar a região, marcada por conflitos envolvendo o grupo armado Movimento 23 de Março (M23), apoiado por Ruanda. No entanto, sucessivos acordos de cessar-fogo foram descumpridos e a milícia intensificou sua ofensiva nos últimos meses.

PUBLICIDADE

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

“Angola reconhece a necessidade de se libertar da responsabilidade de mediar este conflito para se concentrar nas prioridades gerais estabelecidas pela organização continental”, afirmou a presidência angolana. 

O país informou que tomará “as medidas necessárias” junto à Comissão da União Africana para designar outro chefe de Estado para assumir a mediação.

A capital angolana Luanda reafirmou a importância de negociações diretas entre o governo congolês e o M23, mas não especificou se continuará participando dos diálogos de forma indireta.

Negociações fracassadas e o papel do Catar

A decisão ocorre dias após o cancelamento das negociações de paz que estavam programadas para acontecer na capital angolana no dia 18 de março. A reunião foi abortada no último momento depois que o M23 se retirou das negociações em resposta a sanções da União Europeia contra líderes do grupo.

No mesmo dia, o governo do Catar anunciou que havia sediado um encontro inesperado entre o presidente de Ruanda, Paul Kagame, e o presidente da RDC, Félix Tshisekedi. Em comunicado, Doha afirmou que os dois líderes reafirmaram compromisso com um cessar-fogo imediato e incondicional.

Avanço do M23 e incertezas sobre a mediação

Apesar das tentativas diplomáticas, o M23 segue avançando no território congolês. Na última semana, o grupo tomou a cidade mineradora de Walikale, marcando a maior incursão da milícia para o interior da RDC desde 2012.

Com a saída de Angola da mediação, a União Africana precisará definir rapidamente um novo interlocutor para evitar o agravamento da crise. Enquanto isso, a escalada do conflito ameaça a estabilidade da região dos Grandes Lagos, sem perspectivas concretas de um cessar-fogo duradouro.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano