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Indígenas denunciam mortes por falta de atendimento médico em comunidade do MT

Conselho Indigenista Missionário denuncia que a falta de profissionais da saúde na TI Marãiwatsédé, da etnia Xavante, tem causado mortes evitáveis entre indígenas Xavante
A foto mostra dois homens indígenas.

A foto mostra dois homens indígenas.

— Marcelo Camargo/Agência Brasil

14 de maio de 2025

No estado do Mato Grosso, a população indígena Xavante da Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé denunciou graves consequências da insuficiência no atendimento médico adequado para a comunidade. O comunicado foi divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) nesta quarta-feira (14).

Segundo os relatos, uma jovem de 13 anos morreu na TI em decorrência de complicações na região do apêndice, na última segunda-feira (14). Essa teria sido a quarta morte infantil evitável no território em 2025, incluindo casos de crianças com menos de quatro anos. 

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A comunidade informa que, em 2024, jovens adultos, mulheres grávidas e mães de crianças pequenas também foram vítimas da falta de médicos e estrutura para atendimentos no local. 

Apesar do “trabalho incansável” da equipe de saúde que atua na região, o Conselho Indigenista destaca que o número de profissionais é insuficiente, assim como as condições em que trabalham.

A Terra Indígena Marãiwatsédé ocupa os municípios de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia, e possui cerca de 165 mil hectares organizados em 21 aldeias. 

O atendimento médico na TI é realizado com apenas um veículo, que se encontra em condições precárias, aponta a denúncia. Além disso, faltam equipamentos de qualidade e medicamentos. 

“Os problemas de saúde que acometem a população indígena dos povos de Mato Grosso são decorrentes de causas que poderiam ser prevenidas com saneamento básico, abastecimento de água potável, coleta de lixo nas aldeias e investimentos na estrutura de saúde local. A saúde é direito de todos, e deve ser garantido pelas diversas instâncias do Estado brasileiro”, ressalta o Conselho em nota.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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