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Mulheres periféricas encontram na bioeconomia um caminho de autonomia e resistência

Projeto ARTEMÍSIA forma 500 mulheres em territórios vulneráveis do Rio de Janeiro para empreender com saberes ancestrais, sustentabilidade e geração de renda
Mulheres participantes do projeto ARTEMÍSIA.

Mulheres participantes do projeto ARTEMÍSIA.

— Divulgação

18 de maio de 2025

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, e essa desigualdade se expressa de forma ainda mais dura quando atravessa o corpo de mulheres negras, periféricas e com deficiência. Elas enfrentam a pobreza não só em sua dimensão material, mas também nas barreiras cotidianas que limitam o acesso à renda, à saúde, à mobilidade e à dignidade.

É nesse contexto que o projeto ARTEMÍSIA – Escola de Mulheres e Bioeconomia, surge como resposta e possibilidade. A iniciativa vai capacitar 500 mulheres de regiões periféricas do Rio de Janeiro em técnicas sustentáveis de empreendedorismo, como a produção de sabonetes naturais e o cultivo de ervas medicinais, resgatando saberes tradicionais e promovendo autonomia.

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Ao valorizar práticas naturais e o cuidado como potência econômica, o projeto mostra que é possível gerar renda preservando vínculos culturais, afetivos e ambientais. 

A iniciativa está alinhada com a proposta da Organização das Nações Unidas (ONU) de reconhecer e fomentar projetos de promoção da sustentabilidade como Soluções Baseadas na Natureza (SBN) — práticas que conciliam o fortalecimento de comunidades com a conservação dos ecossistemas e o enfrentamento das mudanças climáticas.

A ação acontece em dez localidades do estado: Belford Roxo, Cabo Frio, Guaratiba, Magé, Mesquita, São Gonçalo, Paciência, Duque de Caxias e Nova Iguaçu — territórios marcados por vulnerabilidade, mas também por resistência e potência comunitária.

Realizado pelo Instituto BR e pelo Sebrae-RJ, com coordenação acadêmica da Universidade Federal Fluminense (UFF), o projeto oferece um percurso formativo completo, que une prática e reflexão. As participantes aprendem sobre bioeconomia, empreendedorismo, identidade, comunicação, finanças e autocuidado, sempre a partir de uma perspectiva interseccional e inclusiva.

Todos os materiais utilizados na formação seguem princípios ecológicos, reforçando o compromisso com a sustentabilidade em todas as etapas do projeto. Além disso, o ARTEMÍSIA aposta em uma linguagem acessível e sensível, com identidade visual assinada por Camilla Muniz, conhecida por seu trabalho com marcas como Fábula e Granado.

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