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GCM vai afastar agentes envolvidos em casos de agressão na Cracolândia

Comerciantes registraram agentes da GCM de São Paulo agredindo pessoas na Cracolândia, na capital paulista
A imagem mostra um grupo de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo.

A imagem mostra um grupo de agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo.

— Reprodução / Prefeitura de São Paulo

21 de maio de 2025

A Corregedoria da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo informou, na terça-feira (20), que vai afastar os agentes envolvidos no caso de agressões a moradores da Cracolândia, na região central da capital paulista, no dia 13 de maio.

Em nota à imprensa, o órgão informou que os guardas municipais flagrados na ação já foram identificados e que devem permanecer afastados administrativamente até a conclusão das apurações.

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Na última sexta-feira (16), um vídeo divulgado pelo G1 mostra agentes da GCM agredindo moradores do local. Os casos, registrados por comerciantes locais,  teriam ocorrido entre os dias 10 e 13 de maio. As imagens mostram agentes dando chutes, tapas e utilizando spray de pimenta contra pessoas rendidas.

As agressões antecederam o possível processo de dispersão das pessoas em situação de vulnerabilidade que habitam a Cracolândia, denunciado recentemente pela deputada estadual Ediane Maria (PSOL-SP). 

A parlamentar acredita que a ação está sendo promovida pela Prefeitura de São Paulo e sugere uma investigação sobre o caso em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), para apurar a dispersão dos usuários pelo território do município. 

Para Ediane Maria, o surgimento de novos fluxos em cidades da Grande São Paulo pode indicar um método não oficial de deslocamento forçado, com graves consequências sociais.

A prefeitura da capital paulista, em comunicado à imprensa, informou que realiza uma apuração interna sobre as imagens envolvendo agentes da GCM.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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