O rapper Thaíde lançou na sexta-feira (23) o álbum “Corpo Fechado, Mente Aberta”, um projeto com 13 faixas que reafirma seu papel pioneiro no hip hop nacional, ao mesmo tempo em que abre espaço para novas conexões e sonoridades.
Antes da chegada do álbum, Thaíde apresentou o single “O Nosso Rap”, com participação de MV Bill, e “Pega a Visão”, com Djonga. As duas músicas anteciparam o tom do disco, que mescla reflexão, celebração e homenagem às raízes da cultura negra brasileira.
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“Essa é uma obra que conversa com a minha trajetória, sem fechar portas. ‘Corpo Fechado’ é uma referência lá de trás, da minha primeira música com DJ Hum, e ‘Mente Aberta’ é onde eu estou agora, aberto a novas ideias, novas parcerias e sons. Tive a honra de trabalhar com artistas que admiro muito e cada faixa tem um significado especial”, afirma Thaíde, em comunicado à imprensa.
Em “Pega a Visão”, que traz Djonga e a cantora lírica Negravat, em uma homenagem a uma artista negra brasileira que, há 100 anos, venceu um prêmio de canto lírico, mas não pôde receber a premiação por conta do racismo. Já “O Nosso Rap”, gravada com MV Bill, nasceu de um processo criativo inusitado.
“Eu mandei um áudio pro Bill e ele entendeu outra coisa, acabou escrevendo um tema que era o contrário do que eu pensava. Mas no final virou uma troca de gentilezas, um falando bem do outro, porque falando mal tem vários. Achei que ficou um som bonito, com berimbau e produzido pelo Felipe Mayfield”, conta Thaíde. O clipe da faixa foi gravado na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, onde MV Bill mora.
O disco também traz a faixa “O Melhor”, com participação do DJ RM nos scratches, em que Thaíde reflete sobre a importância da humildade. “Ser o melhor é solitário. Prefiro estar entre os melhores”.
Já em “A Mãnha”, ele revisita uma produção do saudoso DJ Helio Branco, com lapidações de DJ Maxnosbeats e Felipe Mayfield, dando nova vida à música YA MAMA, de Wuf Ticket, lançada há 40 anos. Em “REP com E”, Thaíde celebra a ancestralidade do Rap brasileiro ao lado da dupla Caju & Castanha, traçando um paralelo entre o Rap e o Repente, formando o Ritmo E Poesia.
Dentre as faixas está também a romântica “Te Amo”, com participação do Fat Family, ainda bloqueada para os ouvintes, e “After Party”, gravada com Ana Preta, Arnaldo Tifu e Maloqueiro Anônimo, em clima de celebração.
O álbum traz uma capa que remete ao Pantera Negra, personagem da Marvel, símbolo de resistência e realeza negra, alinhada à proposta do projeto: forte na essência e aberto à evolução.
“Corpo Fechado, Mente Aberta” já está disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm.
