Entre as pessoas pretas, 59% reprovam o governo de Bolsonaro e, entre homossexuais e bissexuais, esse índice chega a 73%, segundo a última edição do Datafolha, divulgada pela Folha de São Paulo nesta quinta-feira (16/9). A pesquisa revelou que houve um novo recorde de rejeição ao presidente, após as manifestações com viés antidemocrático de 7 de setembro. O índice dos que acham o governo ruim ou péssimo chegou a 53%, a pior avaliação do mandato.
Entre os que ganham até 2 salários mínimos, 56% consideram o desempenho do governo Bolsonaro ruim ou péssimo. Houve um aumento considerando os 54% registrados em julho, no levantamento anterior. Já entre os que ganham de 2 até 5 salários, a reprovação foi para 51%. Em julho, eram 47%. Esses dois grupos representam 86% da população de amostra do Datafolha.
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Para aqueles com ensino fundamental, o índice de reprovação subiu de 49% para 55, enquanto houve estabilidade entre quem cursou o nível médio (de 49% para 48%).
A pesquisa também indicou um maior índice de reprovação dentro do segmento evangélico, considerado base de apoio ao bolsonarismo. A reprovação ao presidente pelo público evangélico já subiu 11 pontos desde janeiro e, hoje, está em 41%, superior ao índice de 29% de aprovação.
Segundo o instituto, as regiões Norte e Centro-Oeste, outra base aliada do presidente e de onde saíram muitos caminhoneiros que queriam invadir o Supremo, aumentaram também seus índices de rejeição: foi de 41% para 48%.
O Datafolha identificou um aumento mais expressivo de reprovação ao presidente entre os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (de 41% a 50%), além de entre as pessoas com mais de 60 anos de idade (de 45% para 51%).
Os empresários estão entre os entrevistados que mais aprovam o governo bolsonarista. Foram 47% de aprovação, superando 34% dos que acham o governo ruim ou péssimo.
O levantamento do Datafolha foi realizado entre os dias 13 a 15 de setembro. O instituto entrevistou, presencialmente, 3.667 pessoas com mais de 16 anos, em 190 municípios de todo o país. Considera-se uma margem de erro de dois pontos para mais ou menos nos índices levantados.