Nesta semana, após três anos da execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes – em março de 2018 – o apontado como mandante do crime, Almir Rogério Gomes da Silva foi preso. A prisão aconteceu na Cidade de Queimadas, Região Metropolitana de Campina Grande, no estado da Paraíba. O chefe das milícias da Gardênia Azul e do Morro do Tirol foi detido pela polícia civil e a operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).
O pedido de prisão parte do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que, desde o assassinato de Marielle e Anderson, investigam o crime de cunho político contra a vereadora.
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O MP chegou ao nome do miliciano através de Julia Lotufo, viúva de Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Bope/PMRJ), que coordenava o Escritório do Crime.
O miliciano morreu em fevereiro de 2020, em uma ação da Polícia Militar da Bahia. Flavio Bolsonaro (Patriota/RJ) prestou uma homenagem ao chefe de milícia na época em era deputado estadual.
O Ministério Público também denuncia Almir por outra execução, que ocorreu em outubro de 2020, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele estaria acompanhado por três comparsas, que são suspeitos pela execução de uma pessoa durante uma festa. O motivo se deve a uma briga da vítima com a esposa do miliciano.
Na investigação do assassinato de Marielle Franco, já foram presos dois supeitos de execução do crime – o policial Ronnie Lessa e Élcio Vieira, o segundo foi expulso da PM do Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, Lessa foi responsável por atirar, enquanto Élcio dirigia o carro.
As armas usadas no crime, em 14 de março de 2018, foram descartadas no mar na Barra da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, próximo da Gardênia Azul. Familiares de Ronnie também foram presos por destruição de provas e atrapalharem as apurações.
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