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Vinte estados terão manifestações contra o racismo neste 13 de maio

Mobilização nacional cobra o fim de chacinas como a do Jacarezinho e construção de mecanismos de controle social da atividade policial; orientação é de que as pessoas sigam protocolos de segurança, como o uso de máscaras de proteção individual, se possível a PFF2

Texto: Redação | Imagem: Coalizão Negra por Direitos

Imagem em preto e branco mostra ato do movimento negro, com velas no chão.

12 de maio de 2021

A Coalizão Negra por Direitos, organização composta por centena de entidades do movimento negro organizado, confirmou 28 manifestações em todas as regiões do país para a quinta-feira (13). Com o lema, “Nem bala, nem fome, nem Covid. O povo negro quer viver!”, os atos foram escolhidos para 13 de maio em alusão ao marco do fim da escravidão no Brasil e a necessidade de debater o assunto sob a ótica da população negra.

Dentre os temas do “13 de maio de lutas”, estão as consequências socioeconômicas da falta de assistência aos negros e negras libertos em 1888. “Mais de 130 depois, as gerações atuais ainda sofrem com algumas consequências, como a situação de genocídio e a morte de pessoas pretas por uma doença em que já há vacina, a Covid-19”, diz comunicado da Coalizão.

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A mobilização nacional cobra o fim de chacinas como a do Jacarezinho, a construção de mecanismos de controle social da atividade policial, o fim do racismo e do genocídio negro.Já foram confirmados atos em estados como Acre, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal.

As manifestações são realizadas por organizações que compõem a Coalizão Negra e entidades parceiras. A orientação é de que quem for participar compareça com máscaras – se possível a PFF2 – e siga outros protocolos de prevenção contra o coronavírus, como higienização das mãos com álcool em gel constantemente, se manter em local ventilado e, o quanto possível, com distanciamento social seguro.

A importância histórica dos atos

Neste momento da pandemia, considerada a maior crise humanitária sem precedentes, com o aumento do desemprego, da miséria e da fome no Brasil, a Coalizão Negra reforça que mais uma vez a população negra está “por sua própria conta”.

O espírito de solidariedade e comunitário fez com que a população negra se ajudasse a partir de campanhas humanitárias, apoio a vizinhos e vizinhas nas favelas e comunidades ou acompanhamento de famílias afetadas pela doença.

“Famílias essas pressionadas a tomar medicamentos sem eficácia – com a indicação do próprio governo – e que têm dificuldade para acessar serviços de saúde”, destaca o comunicado sobre os atos.

A mobilização acontece poucos dias antes de outros episódios históricos que evidenciam os desafios para a população negra completarem um ano. Em 18 de maio de 2020, o menino João Pedro, de 14 anos, foi assassinado dentro de casa, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A investigação está parada e os policiais investigados pelo crime seguem trabalhando. Diferente do caso brasileiro, o assassino de George Floyd, nos Estados Unidos – que completará um ano em 25 de maio – já foi condenado.

“O fato de existir uma resolução para o caso não significa que a política de segurança pública esteja funcionando, muito menos que o racismo acabou, mas foi um passo importante pela justiça contra a impunidade e pelo fim da violência policial racista”, pondera a Coalizão Negra.

Outro exemplo é a morte do menino Miguel, em Pernambuco, que também completará um ano em 5 de junho. Segundo os movimentos negros, todos esses casos são exemplos diferentes de mortes da população negra, em regiões distintas, mas que seguem o mesmo rito baseado no racismo estrutural na sociedade.

Programação de atos por estado:

Acre

Rio Branco – Esquina da Alegria – 7h

Alagoas

Maceió – Praça Marechal Deodoro – 15h

Amapá

Macapá – Fortaleza de São José de Macapá – 16h

Amazonas

Manaus – Praça da Polícia, Centro – 16h

Bahia

Salvador – Praça da Piedade – 11h

Ceará

Fortaleza – Estátua de Iracema – 10h

Distrito Federal

Praça dos Três Poderes – Em frente ao STF – 17h

Espírito Santo

Vitória – Praça Costa Pereira – 17h

Goiás

Goiânia – Em frente à Secretaria da Segurança Pública de Goiânia – 17h

Maranhão

São Luís – Praça Dom Pedro II – Em frente ao Tribunal de Justiça – 17h

Mato Grosso

Cuiabá – Praça da Mandioca – 18h

Minas Gerais

Belo Horizonte – Praça Afonso Arinos – 17h

Pará

Belém – Praça da República – 18h

Paraíba

João Pessoa – Lagoa – 15h

Pernambuco

Recife – Praça do Derby – 17h

Piauí

Teresina – Praça da Liberdade – 15h

Rio de Janeiro

Macaé – Praça Veríssimo de Melo – 15h

Niterói – Av. Ernani do Amaral Peixoto, 577 – em frente ao Fórum de Justiça e 76º Delegacia de Polícia – 15h

Rio de Janeiro – Candelária – 17h

Petrópolis – Praça Dom Pedro – 17h

Rio Grande do Norte

Natal – Shopping Midway Mall – 16h

Rio Grande do Sul

Porto Alegre – Esquina Democrática – 17h

São Paulo

Bauru – Praça Dom Pedro II – em Frente à Câmara Municipal – 17h

lhabela – Praça do Pimenta de Cheiro – 17h

Santos – Praça José Bonifácio – 12h

São Paulo – Av. Paulista – Vão livre do Masp – 17h

Sergipe

Aracaju – Rua Abolição – 17h

A programação dos atos deste 13 de maio está sujeita a atualização, a depender do estado. Atualizações serão informadas no site da Coalizão Negra por Direitos.

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