Projeto de formação de mulheres parteiras abre inscrições em Pernambuco

O objetivo é salvaguardar e reconhecer os saberes tradicionais das parteiras de Pernambuco
Uma mulher negra e gestante com a mão sobre a barriga.

Uma mulher negra e gestante com a mão sobre a barriga.

— Freepik/Imagem gerada com IA

24 de maio de 2025

O projeto “As Àyabás e a Maternidade – Reprodução e Salvaguarda dos Saberes das Parteiras Tradicionais” está com inscrições abertas até 30 de maio para a formação gratuita de 20 novas mulheres parteiras. O objetivo é salvaguardar e reconhecer os saberes tradicionais das parteiras de Pernambuco.

A maternidade é um momento crucial na vida das mulheres e suas famílias, e a maneira como esse processo é vivido pode ter impactos significativos na saúde e no bem-estar de mães e bebês para toda vida.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A realização é da Associação Amigos de Nossa Senhora da Conceição, com incentivo da Política Nacional Aldir Blanc estadual e parceria com o Ponto de Cultura Anarriê.

O projeto é imerso nos ensinamentos da cultura Yorubá e evoca a sabedoria ancestral das Àyabás, Yemanjá e Oxum, que são divindades ligadas à fertilidade e às águas que nutrem a vida na terra.

A formação começa no dia 2 de junho e será realizada nos terreiros de Matriz Afro-Indígena Ilè Àsé Ògún Toperinã e no Ilê Asé Iyá Mi Akunlè Akoloiyá – Casa das Duas Rainhas, localizadas no bairro de Nossa Senhora da Conceição, no município de Paulista (PE).

Todas as vivências contarão com intérprete de libras, dividida em sete módulos, com encontros teóricos, práticos e carga horária total de 150 horas/aula, em dois meses de duração.

Ao formar novas parteiras, o projeto reconhece e valoriza a importância da saúde feminina e materna, estabelece uma rede colaborativa entre parteiras tradicionais, gestantes e doulas, promove trocas de experiências e aprendizados, além de sensibilizar para os benefícios do parto humanizado, visando ampliar o bem-estar e as garantias dos Direitos Humanos das Mulheres.

Serão destinadas no mínimo 10% das vagas para mulheres com deficiência. A certificação e avaliação ocorrerá de acordo com frequência mínima de 75% e empenho da participante.

Para se inscrever, acesse o formulário aqui.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques